No Bloco de Notas, a folia da informação

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Já preparei meu bloco de rascunho para registrar a euforia do Caderno Z. Faltando poucos dias para o carnaval, os festejos de Momo estão a todo vapor. O Brasil tem pose de ser o pioneiro, mas o carnaval “não é uma invenção do brasileiro e remonta à Antiguidade”... Com tradições variadas pelo mundo afora, até ganhar o formato atual em nosso país, quanta coisa foi mudando, mas Nova Friburgo mantém seu carnaval entre os melhores do Estado do Rio de Janeiro. O Bloco “Máquina Tricolor” vem com toda animação para homenagear seu ídolo Romerito. Passando “de bar em bar”, o Baratona Sem Limites cumpre uma maratona de dar água  na boca.

O Bloco da Jurema leva tudo tão a sério que encontrou um jeito de ajudar o próximo, juntando lacres de latinhas. Com isso, eles já conseguiram doar mais de cinquenta cadeiras de rodas, adquiridas com o dinheiro da venda dos lacres. Em termos de fantasias, muita coisa tem evoluído. Meu pai dizia que, no tempo dele, para quem não pudesse se produzir, bastava uma camisa colorida e pronto – já fazia diferença. Agora, até no “Bloco das Piranhas”, os homens não estão mais querendo pegar roupa da mãe, da irmã ou da namorada. Eles estão “buscando fantasias completas, com acessórios, meias, sapatilhas...”. Brincando ou não, o carnaval é sempre muito esperado, pois, quem não gosta de brincar curte o feriadão para viajar ou descansar. 

Bonita página na reportagem de Guilherme Alt sobre a Alunos do Samba. No enredo “Eu sou Alfa e Ômega. O início, meio e fim. Venho exaltar minhas histórias de glórias”, a agremiação promete mostrar o “orgulho de ser um celeiro de bambas”.  Entre esses bambas está Ernesto Carvalho, escultor de isopor, há 43 anos pintando o sete nas esculturas da escola.  Que beleza saber meu amigo firme e forte na sua arte. Parabéns!

Que beleza é o projeto sociocultural “Sementes do Samba”. Uma escola de samba mirim estreando no carnaval da cidade, com desfile marcado para a noite de sábado, 2, às 19 horas na Alberto Braune. 50 ritmistas regidos por um jovem de 16 anos, sob o comando geral do mestre Fred, da Imperatriz de Olaria. Lindo demais!

Antigamente, os blocos de rua eram chamados de “Bloco de Sujo”. Hoje o perigo é cair no bloco do nome sujo. Digo isso, pois, uma reportagem revela que “seis em cada dez consumidores brasileiros devem cair na folia...” e haja dinheiro! Todo cuidado é pouco. Não gastar mais do que pode tem que ser o enredo dos foliões, porque, depois de cair na folia, cair no cadastro dos inadimplentes é a pior ressaca carnavalesca.

Massimo comentou sobre a concessionária de transporte coletivo e sobre o “reequilíbrio econômico” da empresa. Eu, que sou usuária ferrenha, acompanho os transtornos dos horários de pico e vejo, entre outros dilemas, como nós sofremos em horários de grandes demandas de passageiros. Aliás, agora dá muito ônibus com letreiro “Especial” e já perguntam os curiosos – “Onde é que fica esse bairro?”

“60 mil pessoas no Carnaval de Friburgo”. Isso foi destaque do “Repórter Esso” na TV Tupi em 1969. Se vamos bater o recorde agora, ninguém sabe, mas a cidade tenta se organizar para isso. Com alguns percalços, sim, mas com esperanças de uma bonita folia. A sugestão de “fantasia de poste” na charge de Silvério está excelente! O alerta é para não entrar no “Carnaval no Breu”, já que há ruas pouco iluminadas no centro da cidade. Mascarados e escuridão jamais deram bom resultado. Mas vamos pensar em coisas boas, porque hoje é dia de festa para o senhor Ábido Carim que festeja seus 102 anos de idade. Parabéns “seu Abidinho”. Seu exemplo é luz para todos nós e um sinal de que Nova Friburgo ainda pode ser considerada como a cidade salubre de outrora.

David Massena, o caçador de frases na Internet, trouxe mais uma boa – “Desde que o mundo é mundo existe gente chata... só que hoje elas têm redes sociais”. Com isso, a facilidade de chatear os outros, milhares de outros, ao mesmo tempo, fica somente por um clique. Mas, o que se há de fazer? Quem cai na rede é peixe!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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