Do Sertanejo ao bom gingado, A VOZ DA SERRA sabe o sapateado!

terça-feira, 07 de maio de 2019

Com tantas datas festivas, o quinto mês do ano ainda tem o Dia do Sertanejo, 3 de maio. O Caderno Z é pura emoção e a sonoplastia fica por conta de Almir Sater e Renato Teixeira – “Ando devagar porque já tive pressa...”. O escritor Euclides da Cunha, com sua sensibilidade, acertou em cheio quando proclamou – “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. E essa fortaleza é fruto da difícil vida no sertão, com todos os seus desafios. Ao mesmo tempo em que viver no agreste é um desafio, a região é culturalmente rica, em especial, nas artes musicais, na prosa e na poesia.

“No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo...” – aprendi essa canção na infância, com meu pai tocando violão e mamãe cantando. O Jeca Tatu também era muito requisitado, representação que inspirou Mazzaropi em seu peculiar jeito caipira. A vida na roça tem sofrido interferências da modernidade, mas ainda encontramos tradições em pratos típicos e preparados em fogão a lenha. Os mais populares, por exemplo, são carne-de-sol, feijão, milho, rapadura, angu, bolinho de fubá e tantas outras iguarias. A música, da mesma forma, se modernizou e os próprios talentos aqui da “terrinha” misturam os ritmos e como diz o artista Israel Lacerda: “A música tem que fazer o papel dela. Se ela tiver que te fazer chorar, que te faça chorar; se é pra te fazer sorrir, que te faça sorrir...”.

Já vamos para o Dia das Mães e uma boa dica é ofertar presentes do “Espaço Vem da Serra”, na estrada turística Tere-Friburgo. O projeto “Flores no Jardim” foi criado com um desafio para os “Artesãos da Estrada” criarem suas peças nas mais variadas versões de flores. A técnica empregada é toda sustentável, o que direciona o grupo.

Está um primor a reportagem de Alerrandre Barros sobre o centro de Educação Ambiental e a Cooperativa de Catadores de Nova Friburgo. O Centro espera sua reconstrução desde a tragédia de 2011. Quanto ao destino da Cooperativa que funcionou no Córrego Dantas há expectativas de reabertura, já que alguns equipamentos foram restaurados e “estão prontos para serem utilizados”. Porém, será preciso capacitar os interessados em atuar nos trabalhos, fato que demanda a contratação de uma empresa para o treinamento.

“Quatro milhões de reais” serão investidos pela Prefeitura de Nova Friburgo na restauração da Praça Getúlio Vargas. O corte irregular dos eucaliptos ainda dói e o problema deixou raízes profundas na paisagem do espaço. Contudo, a natureza se refaz sozinha, mas, uma ajuda humana é bem-vinda. Devemos confiar no trabalho técnico da equipe que atuará na restauração. Porém, uma coisa é certa: árvores, flores, bancos, coretos, um chafariz funcionando e boa iluminação noturna são quesitos básicos para uma praça que se preze, principalmente, numa cidade turística como Nova Friburgo.

Em “Há 50 Anos” comentava-se a inauguração do Ginásio Rui Barbosa. A então administração municipal prometia construir pelo menos “uma dessas unidades escolares em cada bairro e distritos”. Pergunto ao “Google Girlan”: a promessa foi efetivada?  Maravilhosamente linda, nas “Sociais” da presente edição de 2019, Maria Nilce Ventura Coutinho aniversariando, em foto, ao lado do muso, Coutinho. Parabéns, linda!

A Ordem dos Advogados de Nova Friburgo põe em pauta de audiência pública o tema sobre pessoas em situação de rua, após a derrubada da mureta do largo que antecede a Rua Sete de Setembro, local onde se abrigavam moradores de rua. Esse assunto foi citado aqui na viagem de 23.03.2019, mediante matéria feita pelo jornal. A colunista lamentou, à época, a retirada da mureta e a triste situação de rua dos moradores. Tombar muretas e muros é edificar muros maiores entre a sociedade e a complexidade do problema. A quem faz da rua sua casa, não lhe falta teto – falta, sim, um lar...

“Que as coisas continuem como antes; eis a catástrofe” – Essa máxima de Massimo chegou em cima da hora, pois, nada pior do que se estacionar no tempo. E o Pinçado da Internet de David Massena arremata: “O universo conspira a favor de quem não conspira contra ninguém”. O maior bem que se tem é o bem do amor. Valeu, gente!

TAGS:
Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.