Do Caderno Z às dores do mundo, A VOZ DA SERRA é um agente solidário!

terça-feira, 20 de março de 2018

Quem pode garantir que só se aprende com os mais velhos? Os mais jovens têm muito a nos ensinar.  A prova disso é o Caderno Z que, completando seu primeiro ano de vida, tem nos trazido grandes conhecimentos. É a plataforma de onde saímos para as aventuras das viagens literárias. Ao mesmo tempo, se faz de embarcação para conduzir a folha A4. Na missão de ponto de partida, o “Z” ocupa os primeiros parágrafos de nossa coluna e eu amo guardar os cadernos. A cada edição são muitos assuntos, todos  bem apresentados e argumentados. Temas empolgantes, lindas capas, entrevistas, cinema, carros, dicas, impressões, agenda, educação etc.

Observando “algumas das capas mais marcantes”, já tenho saudade de todas as edições. Brindando com cervejas artesanais, do Dia das Mães ao Ano do Cão, o trabalho é de valor reconhecido. Enfim, tudo está em primeiro lugar no pódio da Equipe Z. O leitor atento tem oportunidade de crescer com as matérias. Basta ler as considerações de Leo Arturius sobre o Cineclube Lumiar e entender o processo de construção e reconstrução do mundo, tendo a arte como “elemento de embasamento para refletir e questionar” esse próprio mundo. Pedro Kiua, em sábios depoimentos, destaca – “nós, cineclubistas, acreditamos no poder do cinema em gerar debates sobre temas importantes para o fortalecimento da cidadania e o desenvolvimento social”.

Na certeza de que no primeiro aniversário do “Z”, somos nós, os leitores, os verdadeiros presenteados, vamos seguir o roteiro, saindo em “Sobre Rodas”, dando atenção aos primeiros sinais de desgastes dos rolamentos. Quando houver necessidade de trocas, é melhor investir em peças novas, de “marca reconhecida pelo mercado”.

O sistema de biometria eleitoral parece que ainda não caiu no gosto do friburguense, pois, até agora, somente 9.448 eleitores fizeram o cadastramento biométrico na Justiça Eleitoral. Será que a pouca procura se dá pela não obrigatoriedade da biometria ou pela falta de interesse pelas eleições?  A insatisfação com a política pode ser uma explicação. Contudo, com o título eleitoral, os eleitores poderão votar sem problemas no dia 7 de outubro. Sobre nossa insatisfação no campo político, o “Editorial” deve ser recortado e colado na porta da geladeira para que não nos esqueçamos em que mar estamos naufragando. A Lava Jato tem que acelerar!   

Sobre a Praça do Suspiro, a impressão que dá é a de que está faltando glamour no local e, principalmente, flores. Para uma cidade que tem destaque no ramo da floricultura, fica a desejar. Lembro-me de que havia um vastíssimo canteiro de hortênsias próximo ao teleférico. Nunca entendi o motivo de sua extinção. Faltam suspiros românticos na praça. Falando de espaço público, está muito chique em “Sociais”, o André, nosso gari querido da Avenida Alberto Braune, aniversariante de março. Parabéns André!

Pedro Cúrio, em “Há 50 Anos”, mesmo insistindo na discussão da data de fundação da cidade, dava ideias para a festa dos 150 anos. “As comemorações devem deixar para o futuro algo de duradouro e marcante da evolução cultural dos friburguenses...”.  Teremos isso e muito mais para os 200 anos.

Em “Massimo”, uma reflexão em destaque: “O resultado mais sublime da educação é a tolerância”. Pois bem... O que temos visto, diante de tantas ocorrências devastadoras na criminalidade, é que falta ainda muita educação, principalmente, a de base, aquela que acompanha desde o berço. Nesse emaranhado, voltamos ao texto de Ricardo Lengruber sobre “fundamentalismo e anacronismo”, quando, “acima de tudo, é preciso “respeitar as identidades”. Esse respeito faz toda a diferença e nos humaniza,  para que não fiquemos alheios aos rumos da humanidade. O que acontece, seja na Síria ou em nossa vizinhança, de alguma forma nos afeta. Tenhamos em mente a mensagem de David Massena, no Pinçado da internet: “Se a dor do mundo não dói em você, procure um médico”. A mais linda forma de amor é a solidariedade.

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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