Das belezas da vida aos desafios

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Há temas que me desafiam e eu fico olhando para o Caderno Z e sinto a pergunta me encarando: E agora, Elisabeth, vai enfrentar o assunto para o qual você está cheia de filosofias? É claro que eu vou embarcar com a folha A4 saltitante de ideias, descartando Vinicius de Moraes, pois, se “beleza é fundamental”, eu indago, qual beleza? E o “Z” puxa o debate para o “direito de se olhar sem cobranças” e, certamente, se cobra quem se deixa seduzir pelo chamado “padrão” ditado pela mídia. Como diz Ninna Oli, “o corpo do outro não é de domínio público”.  Assim, se cada um cuidar do seu como a casa do seu eu, sem manobras, visando o bem estar, já estará de bom tamanho.

Cabelos brancos ou tingidos, gordura ou magreza são assuntos pessoais, intransferíveis. A gordura ganhou um peso no passar dos tempos, pois, na infância ouvia os adultos falando – encontrei fulana, está gorda, forte, bonita. Hoje, se alguém disser isso para uma mulher, pode ser que ela entre em depressão. Alguém diz que cabelo branco está na moda e a gente vê cabelo de várias cores, inclusive azul e verde.

A melhor moda é aquela que deixa a pessoa na moda que ela quiser, no seu estilo. Ninguém descarte uma roupa porque saiu de moda, pois a moda volta. A “ditadura da beleza” ainda vale para quem não se libertou e se tortura diante do modismo. “O belo é algo que nos atrai, inicialmente”... Contudo, além da atração primeira, a gente quer muito mais de alguém. “Beleza não põe mesa”, diziam os antigos. E eu volto a pergunta: qual beleza? Havendo tantas nuances de beleza, tudo pode ser belo, dependendo do nosso olhar.

Na atual era das facilidades tecnológicas, muita gente quer sair bem na foto e sai. Um cabelo desarrumado, uma careta, uma pose exótica, tudo é bacana “se alma não for pequena”. Entretanto, o bonito mesmo é sair bem no texto, com fotografia da alma, da personalidade, como bem fez Wanderson Nogueira para falar de “Clarice”, a irmã que não tem esse nome, mas que recebeu em “Palavreando” a mais linda biografia do mundo.

É difícil sair do tema beleza, pois Nova Friburgo é linda, embora haja muita coisa para se endireitar, como o prédio do antigo Fórum, que precisa de restauração. Uma cidade é como a casa da gente, sempre requer um reparo. Aliás, não é sem razão que o país tem “61 milhões de inadimplentes”. Falando em finanças, os vencimentos do  IPVA começam nesta terça-feira, 21. É preciso ter coragem para enfrentar os desafios para as realizações. Quem sabe muito fazer isso é o escritor Cassio Fernandes. Aos 29 anos de idade, dois livros lançados e dois ebooks. Sucesso para o escritor!

Muita alegria nos festejos dos 102 anos da inesquecível professora Brigitte Schlupp. Na foto, sorridente, ela é a expressão máxima da serenidade. Muito festiva também está a família Carestiato com os 61 anos de casamento dos queridos Dalton e Euza.  O lindo casal é um símbolo da união perfeita e merece a nossa admiração.

Em “Há 50 anos”, as notícias adentram o ano de 1970. O Country Clube esperava receber cinco mil foliões por dia de carnaval. A vinda de faculdades era o sonho da “mocidade friburguense”. Dona Maria Duque Estrada Laginestra, “a imagem viva de um farol democrático”, faleceu, e teve um cortejo fúnebre de mais de um quilômetro”. E a Rua Farinha Filho já sofria com inundações das águas vindas das Braunes. Que sufoco!

Quem anda espantado com a mão dupla na Rua Augusto Spinelli agora em toda extensão da via, pode se tranquilizar, pois a esquina da Rua Monsenhor Miranda ganhará um “traffic calming” que, traduzindo, significa “passarela de pedestres elevada”. Na General  Osório tem algumas e é bem legal. Em “Massimo”, uma bela explicação sobre o “efeito blasé”, ou seja, “a incapacidade de reagir a certos estímulos, quando passamos a aceitá-los ou até a ignorá-los como construções naturais, na comodidade do “sempre foi assim”. Mudar e reagir são enfrentamentos que o bom senso nos cobra. Afinal, nas palavras de Zilda Arns: “Não se enganem. Uma gotinha no oceano, faz, sim, muita diferença. Refletir sobre o nosso papel na sociedade é um bom alicerce para 2020.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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