Brasileiro cheio de desafios!

terça-feira, 27 de junho de 2017

Amigos, estamos na metade do ano e muita coisa começa a se desenhar para o restante da temporada. O Campeonato Carioca acabou. Libertadores, Sul Americana e a famigerada Primeira Liga começam as fases decisivas daqui pra frente. Nesse cenário em que competições de mata-mata acabam sendo priorizadas pelos clubes brasileiros, como fica o Brasileirão, o principal do país?

A competição vai até o início de dezembro. No auge de suas 38 rodadas, a oscilação é mais do que normal. No entanto, variar demais pode definir a pontuação e a classificação final de uma equipe. Com tantos pormenores, fica difícil avaliar qual deve ser o comportamento ideal de algum time. Aquela velha história de apontar um dedo, indicando o que cada um deve fazer, sendo que nem mesmo a gente sabe.

O Flamengo, por exemplo, caiu precocemente na Taça Libertadores da América, tem um técnico pressionado e um elenco estrelado. Do meio pra frente, um dos três melhores do Brasil. Da "volância'' pra trás, motivo de dores de cabeça para os torcedores. Se um título de Primeira Liga talvez não seja o suficiente para apagar o maior fracasso do ano, brigar pelo título do Brasileirão pode trazer a torcida de novo para um estágio de lua-de-mel. O grande desafio é fazer com que esse elenco torne-se uma equipe competitiva, mesmo que não seja um time, propriamente dito, com onze jogadores. Nesta semana, Everton Ribeiro deve estreou, e Conca precisa ganhar mais oportunidades nesse time. 

Por outro lado, o Fluminense não dispõe de vastas opções no plantel. O grande desafio de Abel Braga é preparar uma transição adequada para os jovens da base, os "Garotos de Xerém", o grande orgulho do Tricolor. Jogadores como o meia Wendel, formado no próprio clube, serão o principal elo para garotos como o jovem Mascarenhas sintam-se preparados para vestir a camisa do clube das Laranjeiras. É preciso manter o padrão de jogo que o Flu já tem, explorando a velocidade dos pontas e na criatividade do meio campo. Também na Primeira Liga e na Sul Americana, mesclar juventude e experiência é a grande receita.

O Botafogo tem a Libertadores como grande objetivo, mas encontrar um esquema de jogo que não permita que o time se complique quando precise propor o jogo. Neste ano, contra Barcelona de Guayaquil e contra o Avaí, o time se encrencou feio quando precisou se apresentar pro jogo, tomar conta da partida. Quando as partidas, coincidentemente, já estavam 2 x 0 pro adversário, o time criou uma pressão daquelas, mas não conseguiu reverter o placar. O elenco é enxuto, mas o esquema de jogo bem definido, apostando no contra ataques, é forte. Lembrando que ainda há a Copa do Brasil, em jogos difíceis contra o Atlético Mineiro pelas quartas.

Quem chega como franco-atirador é o Vasco. Nada se espera dele no Campeonato Brasileiro, já que é a única competição que o Cruzmaltino disputa neste restante de temporada. Ainda não dá pra afirmar que Nenê e Luis Fabiano possam jogar juntos, mas é inegável a importância dos dois para a equipe. Tanto que a vitória desta semana, contra o Atlético Goianiense, foi em um gol de falta de Nenê em infração sofrida pelo Fabuloso. O desafio é de Milton Mendes, e dos outros nove jogadores, que precisariam correr em dobro em um eventual esquema com os camisas 9 e 10. Há de ressaltar, também, a força que São Januário terá. Se a torcida criar a atmosfera que se espera, de um verdadeiro caldeirão, vai ser difícil segurar um time como o Vasco, que precisa se superar.

TAGS: futebol

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