Carta para ela

sexta-feira, 02 de março de 2018

O dia amanheceu e junto dele clareou um coração que nunca se cansa de amar demais. Era hora de receber um presente dos céus e da terra, o que justificava aquela intuição de que no meio do caminho tinha uma pedra, mas também tinha uma flor – a mais linda! E por estar dessa maneira extasiada, o texto de hoje é todo dela, foi feito pensando nela e nas maravilhas do mundo dela.

E assim, no afã de demonstrar tamanho afeto e um apreço que não se traduz, tantas vezes nasce um texto, uma declaração de amor. Quem nunca sentiu uma avassaladora vontade de expressar por meio de palavras um sentimento que extravasa? Não é sempre que acontece e muitas vezes quando a aspiração vem, nós não nos doamos a ela. E nos calamos quando talvez devêssemos lançar mão da boa e velha tríade que jamais cairá em desuso: papel, caneta e coração. E então, quem sabe, dedicando um pouco de tempo, podemos movimentar nossa fábrica eterna de bons sentimentos e exteriorizarmos parte deles para dizer do nosso amor para o outro.

Ainda é lindo escrever cartas, eu juro. Sempre será. Talvez tão bonito quanto recebê-las. E guardá-las. E revisitá-las. E por reconhecer a beleza delas, aqui escrevo uma especial, para alguém que ainda não sabe ler, mas que certamente já sabe sentir. Essa vai para além-mar, para o Porto onde residem corações que pulsam na frequência dos nossos, vai para o lar da tribo querida, com um destino certo e seguro. Uma carta para ela, princesa dançante, pequeno grande ser de luz, a quem destino a palavra e o sentimento, a proteção e o acalento de quem por presente e missão foi eleita para batizar e amar.

Ao trevo de quatro folhas, com todo amor e a promessa do afeto e paz que jamais faltarão, te dedico o trecho da linda canção : “Tu, que tem esse abraço casa se decidir bater asa, me leva contigo pra passear. Eu juro afeto e paz não vão te faltar. (...) Ah, eu só quero o leve da vida pra te levar, e o tempo para, ah, é a sorte de levar a hora pra passear, pra cá e pra lá, pra lá e pra cá quando aqui tu tá (...)”.

Até breve. Ou melhor, até sempre.

 Frases da Semana:

“Alice! Recebe este conto de fadas
E guarda-o, com a mão delicada,
Como a um sonho de primavera...”

Lewis Carroll

"Você está triste, coelha? Fica contente, amor, fica contente. Eu queria tanto que as pessoas todas fossem mais contentes, é tão bom ficar contente. A gente vê na rua todo mundo tão triste, por que as pessoas estão tristes? Ahn? Queria tanto sair por aí alegrando as pessoas, olha, não fique triste, segura minha mão e vem comigo que te mostro o jardim da alegria com Deus lá dentro, vem..."

Lygia Fagundes Telles

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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