Pardais eletrônicos

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Pardais eletrônicos

Na semana passada, Observatório deu conta de que mais dois radares de velocidade estavam sendo instalados no trecho entre Itaboraí e Nova Friburgo, na RJ-116. Passada uma semana, averígua-se que mais um está sendo implantado para além dos dois antes noticiados.  

Mais um

Ou seja, além dos radares na altura do Comperj e próximo a um condomínio em Cachoeiras de Macacu, mais um está sendo colocado na altura de Sambaetiba, distrito de Itaboraí. Pelas contas, salvo melhor juízo, a RJ-116, apenas no trecho entre Itaboraí e Nova Friburgo chegará ao incrível número de 13 radares. Isso num trecho de aproximadamente 80 quilômetros. É praticamente um pardal e meio a cada dez quilômetros percorridos.

Decisão do Estado

Os três novos radares já estão prontos para multar, mas ainda não estão em operação. A instalação e gerência é de responsabilidade do DER, ainda que o órgão estadual possa terceirizá-lo. Ou seja, mesmo sendo concedida, a empresa que administra a via nada tem a ver com os equipamentos.

Servem para multar ou dar segurança?

Tecnicamente, os radares ou lombadas da RJ-116 são chamados de redutores eletrônicos de velocidade que na referida via limitam os motoristas a trafegarem a 50 km/h. Uma curiosidade é que eles apenas fotografam os veículos que estão em velocidade acima de 57 km/h. Os equipamentos são de alta tecnologia gerando também estatísticas. À noite, o flash infra-vermelho é acionado automaticamente para a captura correta de imagens. A precisão é considerada próxima da perfeição.

Fique ligado nas regras

Os veículos não podem ser multados entre 22h e 6h nas rodovias estaduais. Diferente do que muitos imaginam, não há obrigação de placas indicando a existência do monitoramento à frente. Essa obrigação caiu em 2006 através da resolução 396 que apenas obriga que no radar tenha expressa a velocidade máxima permitida.

Telefonia

Recentemente, deixou Nova Friburgo a última loja de uma empresa de telefonia oficial. A Vivo do shopping Friburgo era a última de propriedade da empresa na cidade. A loja passou a ser franqueada ou terceirizada como as demais da própria Vivo ou das outras operadoras.

Modelo de gestão

O fato não é uma exclusividade de Nova Friburgo. A decisão das empresas é encerrar as atividades diretas através das lojas em todos os municípios do interior do Estado, assim como em outras unidades federativas. O modelo de franquia ou de terceirização é o caminho escolhido pelas gigantes, considerado mais barato e, obviamente, mais lucrativo. Há quem garanta que o atendimento melhora. Já outros acham que nada muda, enquanto outros acreditam que a ponte dificulta a resolução dos problemas.

Último jogo do ano

Chegou a hora de se despedir de 2019. Independente do resultado da final da Série B, o Friburguense pode dizer que o ano foi bom. Após a partida contra o América no próximo sábado, 12, o Friburguense encerra a temporada 2019, voltando a campo para uma partida oficial apenas no dia 5 de janeiro, quando inicia a seletiva do Estadual.

Seletiva é logo ali

O Frisão disputará até o dia 19 de janeiro, uma das duas vagas para a fase principal com Americano, Portuguesa, Nova Iguaçu, Macaé e o próprio América. Serão cinco partidas apenas em menos de 15 dias. Uma quinzena que pode mudar a história.

Sem chance de não ter seletiva

A tabela deve ser definida em arbitral que acontece em breve. Nesse mesmo arbitral poderão ser definidas mudanças para o Estadual 2021. Ou seja, não há qualquer possibilidade de alteração do previsto para o ano que vem. Quem sabe para 2021. Mas as mudanças podem ser piores do que o modelo atual que não é dos melhores.

Boas memórias

A última vez que o Friburguense disputou uma seletiva, muito semelhante a essa, traz boas memórias. Em 1998, o Friburguense surpreendeu e conquistou a única vaga para a competição principal. Iniciava-se ali a melhor fase da história do clube que se manteve na elite por 12 anos ininterruptos.

Antes... a final

Mas antes de pensar nos 15 dias decisivos para o ano todo, atenções voltadas para a grande final diante do América. Como bom visitante em decisões, o Friburguense garante o título que só foi conquistado por duas vezes nos seus cinco acessos: 1994 e 1997. O Tricolor da Serra foi vice em 1983, 1987 e 2011.

Pode isso, Arnaldo?

Já o América pode ser bicampeão, graças ao bizarro regulamento que permite que um time que caiu da elite, dispute no mesmo ano o acesso. O América subiu ano passado como campeão e disputa a final de novo neste ano.

História da segundona

Na era moderna da segundona, iniciada em 1981, a Cabofriense é a maior campeã, com cinco conquistas, seguida por Portuguesa, Bonsucesso, Volta Redonda e América com três títulos, cada. Caso seja campeão, o Friburguense se iguala a esses quatro cubes, conquistando o seu terceiro caneco da competição.

Ainda na seara das curiosidades, sem ousar ser um Juca Berbert (a enciclopédia do esporte friburguense), vale ressaltar o bicampeonato do antigo Friburgo, hoje Nova Friburgo, em 1978 e 1979. Naquela época, não havia acesso e os clubes ficavam na mesma divisão. O que acabou em 1980 com a criação da segundona da capital e do interior. Em 1981, se iniciou o modelo atual.  

Palavreando

“A sua presença em tudo está. Nas roupas e objetos. No abstrato e no concreto. No balé dos movimentos que regem a vida. Nas horas com seus minutos de cada dia. No milagre do divino que se materializa. Até na sua ausência, você está”.

Foto da galeria
E por falar em Friburguense na decisão em Moça Bonita, presença certa e guerreira das torcidas organizadas do Frisão. A rapaziada não esmorece perante a falta de apoio e as dificuldades de deslocamento. No jogo do ano, querem e devem estar lá!
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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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