E no meio de tudo, o povo

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Hoje é dia

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O dia

Em 23 de novembro de 1935, em Natal, no Rio Grande do Norte, teve início a Intentona Comunista, liderada por Luís Carlos Prestes, que consistiu numa revolta político-militar promovida pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Observando...

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Palavreando

Não estamos aqui, desbravando tais questões por nós, mas pelos outros.

E no meio de tudo, o povo

O povo não pode estar apenas no meio, mas ser a finalidade de tudo. Em cada decisão – um desastre silencioso que grita na vida das pessoas. Decisões têm consequências – sempre. O povo só pode ser meio para as transformações advindas dele próprio e para ele próprio.

Mas é difícil quando teimamos em falar de povo se colocando fora dele. Fruto de uma sociedade cada vez mais individualista e arrogante. A coletividade é composta pela junção de indivíduos. Sem indivíduos não há coletividade e sem coletividade todos os indivíduos se tornam menosprezíveis. Percebe? O povo é cada um de nós e não algo fora de nós. Mas é fácil ficar na beira da janela, à orla de tudo, criticando o povo e não criticando a si mesmo, porque afinal você não é povo. Mas sofre como ele e paga o preço por ser ele, quer queira ou não. O primeiro passo é admitir e se ver. Ao se olhar no espelho perceber que ou vencemos todos ou pereceremos juntos.

O Estado do Rio de Janeiro está em derretimento. O que possibilita sua refundação através de novas práticas. O caminho será longo, mas mais importante que o tempo e a distância a se percorrer está o como caminhar. Eu não vejo outra saída que se não pela política, através de uma democracia plena. Atente: democracia plena só se dá pelo povo e cada um se reconhecendo como povo. Não há justiça mais justa que a advinda do povo consciente de seu papel.

O desafio é enorme, como é angustiante ver o que está acontecendo. É o passado cobrando o presente. Mas como esse presente será cobrado no futuro? Se não podemos mudar o passado que nos afunda agora, é preciso saber como emergiremos para não se afundar de novo lá na frente. Já sabemos o que e com quem não dá certo. Isso não facilita, mas diminui a dificuldade. Pense nisso, mas pense como povo. Porque o povo é cada um de nós.     

Viaturas policiais

Finalmente acontecerá a recuperação e manutenção de toda a frota da Polícia Militar no estado, o que não ocorre há mais de um ano. Após longa burocracia (nove meses), o TCE-RJ aprovou o contrato solicitado pelo comando da corporação. Nos próximos 12 meses, as 5.366 viaturas, entre carros, motocicletas, ônibus, caminhões e, furgões passarão por reformas. Os blindados estão fora da leva.

Reparos imediatos

A PM vai aplicar R$ 93,3 milhões na contratação de empresas credenciadas em todo o estado. Estão em processo de credenciamento 55 oficinas, sendo que 15 delas já estão habilitadas para fechar o contrato. O início dos reparos das viaturas está previsto já para a próxima semana. Os recursos sairão do orçamento da própria Polícia Militar e de um convênio com o Detran.

Identificador de racismo (1)

Até março de 2018 o Rio de Janeiro deve ganhar um software para identificar mensagens racistas nas redes sociais. O projeto terá o nome de Radar do Preconceito. A ideia é que as manifestações preconceituosas postadas nas redes sociais sejam detectadas pelo programa, encaminhadas ao setor responsável do estado e, posteriormente, para as delegacias.

Registros altos

O Estado do Rio de Janeiro registra por mês 97 casos de racismo, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Nos últimos nove meses, foram registrados 837 casos de injúria por preconceito e 43 vítimas sofreram preconceito de raça ou de cor. Em geral, o crime de injúria está associado ao uso de palavras depreciativas referentes à raça ou cor com a intenção de ofender a honra da vítima. Já o crime de racismo implica conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade.

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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.