Diminuir desigualdades. Só que não!

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Hoje é dia

  • do pendura
  • do advogado
  • do magistrado
  • do Direito
  • da consciência nacional
  • do eletricista de autos
  • do estudante
  • do garçom
  • do hoteleiro
  • da televisão

O dia

Em 11 de agosto de 1827, O imperador D. Pedro I instalou os primeiros cursos de Direito do Brasil. Foram a Faculdade de Direito de São Paulo (atual Faculdade do Largo de São Francisco, da USP) e a Faculdade de Direito de Olinda (atual Faculdade de Direito da UFPE). Por causa disso, a data é conhecida como "Dia do Pindura", em que os alunos de Direito comem em restaurantes e não pagam a conta.

Observando...

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Palavreando

Só se indigna quem ama muito, só ama muito quem não perdeu a esperança de obter ternura ao olhar nos olhos do próximo.         

Diminuir desigualdades. Só que não!

A péssima iniciativa de aumentar o Imposto de Renda caiu por terra antes mesmo de levantar voo. Rapidamente o Governo Federal recuou perante as críticas de megaempresários e entidades como a FIESP. Aumentar mais impostos? De fato, é um absurdo. No entanto, há que se ressaltar que o mesmo governo que recua perante o grito de poucos, não arreda pé de iniciativas de cassação de direitos da massa que é mais pobre. Segue adiante na redução de benefícios a quem sequer tem o que comer. Segue firme na cassação de direitos de quem trabalha muito e ganha muito pouco.

Os números não mentem: apenas 325,5 mil brasileiros, segundo o IBGE, seriam potencialmente afetados pela criação da nova alíquota no Imposto de Renda. O grupo representa apenas 0,3% da população ocupada no País. Mas tem mais do que nunca forte poder de pressão sobre quem comanda hoje a Nação.

Mais da metade dos trabalhadores brasileiros ganham até dois salários mínimos por mês e não sentiria qualquer efeito da mudança. O rendimento médio no País hoje é de R$ 2,1 mil ao mês, um valor que não alcança sequer a atual faixa mais elevada do IR.

A criação de uma nova alíquota, de 30% ou 35%, para a faixa de renda superior a R$ 20 mil mensais poderia garantir de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões aos cofres do governo. Um reforço de caixa importante se fosse bem usado. O que sabemos que não. Esse dinheiro deveria ser usado para amenizar o abismo social que o Brasil tem – um dos mais desiguais do mundo. O que vemos é a riqueza cada vez mais concentrada na mão de pouquíssimos.

Daí, merece destaque artigo de Miriam Leitão em O Globo: “Governo transfere mais recursos para os ricos do que para os pobres”. Sim! Se engana você que berra que o governo gasta muito com Bolsa Família, quando se comparam números de transferência de dinheiro público para a elite. “A transferência de dinheiro público beneficia especialmente os mais ricos, as grandes empresas”. Com um adendo a destacar, isso não é novidade do governo atual. Os anteriores, todos, também. 

R$ 420 bilhões de subsídios embutidos em operações de crédito e financeiras para multinacionais representam mais do que o gasto dos últimos 14 anos com “Bolsa Família”, “Minha Casa, Minha Vida” e no subsídio à conta de luz dos mais pobres.

O Brasil transfere mais recursos aos ricos do que aos pobres. Sem transparência alguma, é claro. Daí nasce a propina, a corrupção e tudo que achamos natural. Só que não!

Friburguense

Tudo ou nada para o Friburguense na partida diante do Barcelona, no Marrentão, domingo, 15h. 3 pontos atrás na zona de classificação, a vitória se tornou uma obrigação para se manter na briga. Com chances de classificação pela soma dos turnos cada vez mais complicadas, o foco no título do 2º turno deve ser cogitado. Mas antes, precisa se classificar às semifinais.

Matemática tricolor

A cada rodada e a cada resultado negativo, a matemática tricolor vai se complicando. Fato é que o fator mais importante dessa equação é vencer. A 5 rodadas do fim, com 15 pontos em jogo, a diferença de pontos é de certa forma a mesma: para se classificar no 2º turno, a distância é de 3 pontos. Já na soma dos turnos, a distância é de 6 pontos. No entanto, como há o confronto direto com o Americano que hoje estaria com essa vaga, a torcida seria por uma derrota da equipe campista. 

Roubo de cargas

Empresários de Nova Friburgo estão sentindo no bolso a onda de roubos de cargas que o Estado enfrenta nos últimos meses. Para piorar, nos últimos 10 dias, já com as Forças Armadas no Rio, o estado registrou, aumento na quantidade de roubos de cargas. Quase 250 roubos, uma média de 22 a cada 24 horas. No ano passado, no mesmo período, foram contabilizados um total de 195.

Guapimirim tem o maior aumento

Segundo o Sindicato do Transporte de Cargas, o Estado do Rio tinha, até 2013, uma média de 3.500 roubos de cargas por ano. A partir de 2014, a estatística subiu para dez mil casos anuais. O prejuízo em 2016 foi de R$ 619 milhões, segundo a Firjan. Um aumento de 220,9% no número de casos desde 2011. As perdas no período chegaram a R$ 2,1 bilhões. A Região Metropolitana concentra 94,8% do total de registros. O maior aumento do crime, no entanto, está em Guapimirim, 2.600%.

Foto da galeria
#OMelhorFriodoRio - Foto digna de publicação. Belo registro de Thiago Arnaldo. Até o passarinho foi buscar um lugar ao sol no frio de Lumiar.
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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.