V Concurso Literário Nacional Julio Salusse

segunda-feira, 03 de dezembro de 2018

Eis que chegamos ao final do ano de 2018, época das festas natalinas e da premiação do nosso Concurso Literário. Para início de conversa, é uma alegria e uma honra realizá-lo porque dele participam pessoas, maiores de dezesseis anos, de todo o Brasil; das capitais, das cidades pequenas e dos vilarejos, sejam costeiros ou interioranos. Para nós não há distinção entre os participantes, o que os fazem diferentes aos nossos olhos são as suas inéditas ideias e modo como as transcrevem para o papel. Os temas não são fáceis, reconheço. Neste ano, evidenciamos nossas terras, mescladas pela beleza da Mata Atlântica e regadas pelas águas de suas nascentes, rios e orvalho, que foi assim intitulado: NOVA FRIBURGO – DO DECRETO REAL À CIDADE ATUAL: SUA HISTÓRIA, RIQUEZAS E BELEZAS.

A Academia de Letras Friburguense, da mesma forma que preserva a literatura, cuida da memória histórica da cidade; este ano, Nova Friburgo completou duzentos anos. O seu modo de ser civilizatório, seus ares florestais e suas pessoas tornam este lugar inspirador, aqui, gestando, autores, artista e sonhadores. Há poesia nas sombras das árvores; há histórias nas margens dos rios. O som da flauta ecoa sobre os vales em todo o amanhecer e anoitecer.

Nosso Concurso privilegia a Língua Portuguesa por excelência. É preciso dominá-la para elaborar uma produção textual digna de participar de uma competição literária. Para ganhar é preciso conversar com a própria alma, e, especialmente, neste, faz-se necessário conhecer a cidade em todos os aspectos, principalmente os históricos. Para nosso contentamento, gente do Brasil inteiro conhece Nova Friburgo; sabe das suas entranhas, das suas raízes, conhece a altura dos pinheiros e o canto da maritaca. Para nossa tristeza, e com lágrimas querendo rolar pelas faces, poucos friburguenses participaram do concurso. Por quê? Por quê?, não paramos de nos perguntar. Será que pessoas do norte, do nordeste ou do sul do país, habitantes dos lugares mais longínquos, conhecem melhor o nosso lugar do que o próprio friburguense? Ah, temos justo motivo para gritar pelo meio da Alberto Braune, cutucando o povo: “ falem, escrevam e vibrem por este lugar”.

Mas vamos continuar a falar de conquistas. Como entramos na virtualidade, nosso concurso tem modernidade; é feito pela internet, desde a inscrição ao envio do texto. Além do mais, estamos dando passos à frente na preservação da natureza. Sim Senhor!, poupamos árvores. Também valorizamos os vencedores com uma festa de respeito, com vinho e quitutes, diplomas, troféus e prêmios em dinheiro.

Agora, o melhor do Concurso é a comissão julgadora. A começar pelo nosso mestre: Robério José Canto que organizou uma equipe talentosa e preparada de professores e escritores: Anabelle Loivos Considera, David Massena, Irapuã Guimarães, André Luiz Freire, Wander Lourenço e Diego Hottz. Como em todas as versões, contamos com a prestimosa e competente colaboração dos Acadêmicos George dos Santos Pacheco, Ricardo Lengruber Lobosco e Ordilei Alves da Costa. Enfim, nosso Concurso é resultante de um trabalho de equipe ágil e tranquilo, que trouxe felicidades a todos.

Salve Julio Salusse, que a todos os dias nos inspira e motiva a fazer da sua Casa um lugar de vitória.

 

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Tereza Malcher

Tereza Cristina Malcher Campitelli

Momentos Literários

Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis, presidente da Academia Friburguense de Letras e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.

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