Solidão

quarta-feira, 03 de julho de 2019

“O presidente, porém, disse: – mas, que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: – seja crucificado.” – (Mateus, 27:23.)

À medida que te elevas, monte acima, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e uma incomensurável tristeza te constringe a alma sensível.

Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocidade?

Onde pousam os corações que te buscavam o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ridentes do início?

Certo, ficaram...

Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira das borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contato da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.

Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...

Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...

Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.

Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?

Choras, indagas e sofres...

Contudo, que espécie de renascimento não será doloroso?

A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente, para produzir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.

A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.

 A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.

 Não te canses de aprender a ciência da elevação.

 Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos. Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.

Recorda-te dele e segue...

Não relaciones os bens que já espalhaste.

Confia no infinito bem que te aguarda.

Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o divino amigo dos homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado.

Extraído do livro “Fonte viva”; espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier

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