Que tsunami pode atingir o Brasil, segundo seu presidente

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Diz o artigo 142 da constituição brasileira: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.

§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares.

§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se lhes, além das que vierem a serem fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)".

Na última quinta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro publicou nas redes sociais a possibilidade do aparecimento de uma tsunami no cenário político nacional. Muito se especula sobre o tema, mas o emprego do artigo 142 da constituição brasileira está em evidência. O que mais chama a atenção é que a eleição de Bolsonaro contribuiu para a instalação de uma frente que mistura a grande mídia com seus membros simpatizantes do regime vermelho, políticos matreiros que vêem ameaçadas as mamatas às quais estão acostumados e membros do STF indicados pelos presidentes do PT e que deixam a desejar, no ordenamento jurídico de suas decisões. E esses segmentos vêm contribuindo para gerar uma instabilidade na condução dos destinos do país.

A verdade é que está se tornando impossível a governabilidade do Brasil, tamanha é a quantidade de notícias falsas, mal contadas ou investigadas, com a clara intenção de indispor o presidente com aqueles que nele acreditam e achincalhar sua imagem, perante a população brasileira e mundial. O papel do Congresso seja através dos membros da oposição, a maioria sem a mínima condição moral de criticar já que são oriundos de um dos partidos mais corruptos de que se tem notícia, no Brasil; seja através do centrão, um movimento composto por aproveitadores, cujo interesse maior é obter vantagens pessoais é, acintosamente, impedir a ação do governo.

Talvez, partam do princípio de que se o Brasil der certo na atual legislatura, o presidente terá condições de varrer para o lixo, o lixo que representou o governo petista e, por que não o de Fernando Henrique Cardoso. Não por conta de exibicionismo, mas para mostrar que é possível governar com a dignidade que um posto político exige, com a demonstração de que o fim maior da atuação do homem público é o bem estar social, a qualidade de vida daquela população que paga impostos e que os elegeu.

Fechar o Congresso Nacional e o STF não significa golpe ou intervenção militar como é apregoado pela oposição, vermelha na essência; significa dar uma guinada em direção da governabilidade que tanto o Congresso, como o STF querem impedir. Mas, seria uma grande depuração se viesse acompanhada da exigência de uma nova eleição, em no máximo 90 dias para preenchimento das vagas e que nenhum dos atuais congressistas envolvido na operação Lava-Jato, poderiam postular um novo mandato.

Quanto ao STF, pouquíssimos membros seriam poupados, e haveria a garantia de que os futuros ministros seriam indicados pelo presidente da república através de uma lista tríplice elaborada pelo conselho da magistratura e referendada pelo Senado Federal, como é feito atualmente.

Nesse meio tempo as reformas que se fazem necessárias, para alavancar a retomada do crescimento do país, seriam promulgadas, mas para não serem impositivas, deveriam ser apreciadas pelo novo congresso, a ser eleito, e com direito a possíveis modificações, desde que feitas em bases sólidas e bem fundamentadas, não fruto do achismo.  Não na base da molecagem e do cinismo que temos visto, na atualidade, mas sob a ótica do profissionalismo e do conhecimento.

Daí a necessidade de uma mudança na Previdência Social, para que ela seja mais justa e autossustentável, assim como a reforma tributária para que os impostos sejam menos pesados e com diminuição da burocracia, para todos. Sem esquecermos da reforma política, essa tão importante como as demais, pois ser político não é ser aproveitador, mas um representante legítimo do eleitor.

Se houver uma tsunami, que seja uma do bem.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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