E o carnaval está chegando

quinta-feira, 08 de fevereiro de 2018

Sábado, 10 de fevereiro, começa oficialmente o carnaval brasileiro, maior festa coletiva do país, talvez o mais longo feriado entre as nações desenvolvidas em todo o planeta Terra. Do dia 10 até o dia 14 ao meio dia, só os serviços essenciais vão funcionar e a população aproveitará para viajar, para ficar em casa, enfim para desfrutar essa longa pausa remunerada, um refresco para o dia a dia estressante do brasileiro que tem de trabalhar o ano inteiro, para seu sustento e o de sua família. Se é bom ou não para o país, não vem ao caso, pois há muito tempo é assim e jamais vai mudar. Devemos lembrar que só a chamada terça-feira gorda enquadra-se no rol dos feriados nacionais. A segunda-feira de folia vira mesmo um ponto facultativo coletivo.

Aliás, os estrangeiros que aqui chegam, seja para acompanhar o carnaval do Rio, da Bahia ou do Recife, os mais badalados, deve pensar que o Brasil vive um mar de rosas, num céu de brigadeiro onde a crise é uma intriga da oposição, de rabugentos que não têm o que fazer. Portanto, para quem gosta de curtir o carnaval, a hora é chegada para esses quatro dias e meio de folia.

No entanto, é preciso ter em mente alguns princípios para que a festa não se transforme em tragédia ou tenha um desenrolar diferente do planejado. Não custa lembrar ou citar, apenas a título de colaboração. E, o primeiro que vem à lembrança é para aqueles que vão viajar em seu próprio veículo. Faça uma revisão no seu carro, com cuidado especial para os pneus, freios e para a parte elétrica, além de checar o nível do óleo e da água do radiador. Temos de ter sempre em mente que o álcool é combustível para o carro e não para o motorista. As estradas vão estar cheias, o trânsito difícil e a atenção deverá ser redobrada.

Já que falamos em combustível, beba com moderação, evite os excessos, pois uma pessoa alcoolizada além de se tornar chata, perde a razão e pode se meter em um monte de confusões desnecessárias e com o risco de estragar a festa. O carnaval é uma válvula de escape para as tensões do dia a dia, mas é um período de alegria e não de tristeza. Se uma pessoa é um bom carnavalesco, não precisa de álcool ou outros meios, em demasia, para se divertir.

Beba muita água, mesmo com o dito popular de que água enferruja. O problema é que estamos em pleno verão, com temperaturas que ultrapassam os 30 graus, podendo em determinadas regiões atingir os 40 graus com facilidade. Assim, uma boa hidratação é fundamental; além do mais, o excesso de álcool agrava a desidratação. Em função das altas temperaturas escolha fantasias leves, arejadas, que não aumentem a sensação de calor e façam suar mais ainda.

Nessa época as pessoas estão mais à vontade, menos formais. Mas não confunda liberdade com libertinagem, portanto tenha em mente que paquerar é saudável, mas assediar é condenável. E, se ele ou ela não aceitar, tenha desconfiômetro e desista. Parta para outra paquera, o que, aliás, não deve faltar. Esse tipo de postura pode evitar muitos dissabores. Um aviso importante: leve sempre camisinhas com você, pois não só a Aids, como as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) não estão extintas.

Com relação à alimentação, muito cuidado. Evite barraquinhas de rua, a não ser que sejam confiáveis. Os alimentos, nesse calor, se deterioram com facilidade se não estiverem bem acondicionados; além disso, o óleo usado para frituras deve ser trocado com frequência, o que certamente não ocorre nas ditas barraquinhas e podem ter consequências ruins. Ninguém merece uma disenteria em plena folia.

Mas, o mais importante é ter sempre em mente que o seu direito termina quando começa o de seu semelhante, portanto seja educado, respeitador como todos devemos ser. Temos de respeitar se queremos ser respeitados. Por isso somos humanos, o nosso diferencial em relação aos outros animais. Um bom carnaval e que o balanço ao final desses quatro dias e meio de festas seja amplamente positivo.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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