Brasil conquista o 12º título do grand-prix feminino de vôlei

quarta-feira, 09 de agosto de 2017

Apesar de não ser expert em vôlei, não passando de um medíocre jogador, mas de torcedor assíduo das equipes masculina e feminina da seleção brasileira, me arrisco a fazer um comentário sobre a surpreendente vitória das meninas no grand-prix mundial, encerrado domingo último. Surpreendente, pois se tratava de uma seleção de transição, uma vez que após o ouro nas Olimpíadas do Rio, a equipe se desfez e, somente três atletas do time olímpico foram convocadas.

Se por um lado era um grupo verde em competições mundiais, sem o devido entrosamento que vemos em times que jogam juntos há muito tempo, do outro se vislumbrava jogadoras com uma raça incrível e que mesmo nos piores momentos, souberam dar a volta por cima. Jamais foram favoritas, pois as italianas, as chinesas, as americanas e as sérvias mostravam, antes da competição, um desempenho melhor que o nosso e estavam entre as mais cotadas para levarem a medalha de ouro.

A caminhada do Brasil rumo ao título não foi fácil e, muitas vezes, esteve à beira da desclassificação, aliás, isso quase aconteceu nas quartas de final, pois apesar de ter vencido seu compromisso contra a Sérvia por três sets a um, dependia de uma derrota da Holanda para a China. E isso aconteceu por três sets a dois, após um jogo emocionante e muito disputado. Quiseram os deuses das quadras que Brasil e Itália chegassem às finais, no domingo passado, num jogo também muito disputado e com alternância no placar.  A seleção brasileira venceu o primeiro set, perdeu os dois subsequentes e ao vencer o quarto set, levou o jogo para o tie-brake, um set mais curto, de apenas 15 pontos, ao contrário dos 25 habituais. E nesse quinto set, o Brasil conseguiu controlar os nervos, desestabilizou as adversárias que tiveram um início muito ruim e com o coração na ponta dos dedos (uma paródia importada do futebol que diz: “o coração na ponta das chuteiras”) conquistaram seu décimo segundo título de um grand-prix. Esse set terminou 15 a 8 para as meninas do Brasil. Não custa enumerar as conquistas anteriores: 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013, 2014, 2016 e 2017.

Repito o parágrafo final da uol.com, setor de esportes, que diz: “O título coroa uma nova geração da seleção brasileira. Para o Grand Prix, apenas três campeãs olímpicas foram convocadas: Adenízia, Tandara e Natália. Zé Roberto não pôde contar com Gabi e Thaísa, machucadas, e Dani Lins, grávida”. Portanto, essas meninas vencedoras, que antes da competição, verdes e imaturas, eram apenas uma esperança, amadureceram durante a competição e tornaram-se uma realidade. A renovação iniciada pelo técnico Zé Roberto é, hoje, uma realidade e está pronta a vencer novos desafios.

 O vôlei feminino está de parabéns. Aliás, o vôlei brasileiro está de parabéns, pois a dupla brasileira Evandro e André Loyola conquistou, também no domingo, a medalha de ouro do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia por 2 sets a 0, ao vencer os austríacos Clemens Depper e Alexander Horst. A decisão foi em Viena, na Áustria.

TAGS:

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.