Tensão carnavalesca

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Para pensar

“A verdade marcha, e nada conseguirá detê-la.”

Émile Zola

Para refletir

“Clemência para os vencidos, cuidado para os feridos.”

Provérbio uruguaio

Tensão carnavalesca (1)

A quaresma mal acabou, e o mal-estar envolvendo o carnaval de 2018 já é muito grande em alguns cantos de nossa cidade.

Nada a ver, neste caso, com os escândalos que quase sempre marcam julgamento e apuração em nossos desfiles, mas sim com a definição sobre quem irá, afinal, levar os 200 anos da história friburguense para a Sapucaí.

Tensão carnavalesca (2)

Sem qualquer bairrismo, basta conhecer um pouco de nossa história para saber que estamos sim diante de um enredo digno de ser explorado pelas mais tradicionais agremiações fluminenses.

A trajetória friburguense é única no Brasil, e um caso de destaque mundial na história dos processos migratórios e do convívio (quase sempre) pacífico e construtivo entre diferentes.

Tensão carnavalesca (3)

Pois bem, muitos já sabem que o governo tem pessoas bem credenciadas trabalhando no acordo com uma das mais tradicionais escolas do Rio de Janeiro.

Há quem diga - e a fonte é confiável - que o diálogo sobre esta possibilidade teria começado há quase uma década atrás, e agora estaria ameaçado graças à atuação de outra agremiação, esta bem menor, que tem demonstrado enorme interesse em contar essa história na avenida.

Tensão carnavalesca (4)

O Massimo não duvida, de forma alguma, que haja interesses legítimos nessa história, nem faz distinção entre grandes e pequenos quando demonstram carinho por Nova Friburgo.

Há no entanto, um longo processo em curso que atende aos melhores interesses da cidade, e que talvez devesse estar sendo protegido de maneira mais eficaz por alguns dos principais atores de nossa sociedade.

Tensão carnavalesca (5)

Olhando de fora - até porque, cá entre nós, tem sido este o ângulo reservado ao colunista ultimamente - resta a impressão de que certas verdades precisam deixar o confinamento de gabinetes para serem divididas com quem quer que possa ajudar.

Mas, da mesma forma, parece caber um mea culpa a parte da imprensa, que poderia estar ajudando mais e não está.

Termômetro? (1)

De acordo com o estado brasileiro, a Câmara de Vereadores deveria funcionar como a casa do povo, um local de representação, onde os anseios e direitos populares são ouvidos e protegidos.

Pois bem, se assim for, então este termômetro tem indicado um aumento significativo na temperatura dos ânimos nos últimos dias.

Termômetro? (2)

Ainda sem que possamos falar mais profundamente em situação e oposição, o fato é que a escalada no tom de voz contrasta com o despencar do nível no embate entre aqueles que frequentam as ruas (e, sempre eles, os hospitais), e aqueles que frequentam os gabinetes.

De um lado, revolta. De outro, ironia.

O que começou muito bem está se tornando feio, e sugere uma ruptura iminente.

Basta assistir a uma sessão presencialmente para sentir o clima.

Só dá ela

Após lançar seu livro em São Paulo e no Rio de Janeiro, a friburguense Ilona Szabó já participou de fórum em Buenos Aires, já discursou na Academia Brasileira de Letras, e na noite de quinta-feira, 20, foi a entrevistada de Mário Sérgio Conti em seu programa Diálogos, pela Globo News.

Orgulho

É uma situação de orgulho total para a cidade.

Afinal, todo este sucesso vem no embalo da mais nobre das bandeiras: reduzir a violência e o número de homicídios.

O Massimo deseja a Ilona boa sorte em sua missão, e torce para que surja logo a oportunidade de um lançamento de seu livro aqui na serra.

Respostas

Até o fechamento desta edição, o desafio da foto publicada na coluna da edição de sexta-feira, 21, havia sido respondido corretamente pelos parceiros Alberto Cristóvão Correia, Márcia Leal Matos e Cristielton Viana.

Como todos registraram, é um detalhe da ponte no Parque São Clemente, onde fica o Country Clube.

Já o desafio do mosaico, publicado na quarta-feira, foi respondido corretamente apenas por uma pessoa, sem qualquer ajuda indevida: o jornalista Henrique Amorim, editor-chefe de A VOZ DA SERRA. “É o piso da antiga casa do Barão na Praça Getúlio Vargas, 71, onde  funcionou a Oficina-Escola de Artes e que hoje abriga a Fundação D.João VI”.

Cá entre nós...

A experiência de um jornalista é tesouro precioso.

Se continuar nesse caminho, Henrique logo se tornará um Google ambulante, como o querido mestre Eloir Perdigão.

Pergunta

Para animar o fim de semana, uma imagem que quase todo friburguense já viu.

Mas nem todo mundo vai se lembrar onde.

O clique, mais uma vez, é da amiga Regina Lo Bianco, a quem a coluna agradece carinhosamente.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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