Será?

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Para pensar:

“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.”

Winston Churchill

Para refletir:

“O que você não vê com os seus olhos, não testemunhe com a sua boca.”

Provérbio judaico

Será?

Primeiro, uma fonte confiável levanta a lebre.

Daí a gente faz um telefonema aqui, faz uma pergunta ali, fareja alguma coisa a mais, analisa uma foto acolá, volta a telefonar, volta a perguntar, e vai ligando um ponto a outro, quase que automaticamente.

Então, quando você afasta a imagem e tem a visão completa do que acabou de desenhar, eis que surgem os traços de um rosto conhecido.

Fogo amigo

O leitor habitual deve se lembrar que ao fim do ano passado, o Massimo falou que o governo poderia ter surpresas neste 2018, relacionadas a falhas no gerenciamento de expectativas dentro da própria base de governo.

Em português claro, existem algumas pessoas por aí sentindo que não receberam o que lhes havia sido prometido ou acordado em articulações passadas.

E o colunista entende que algumas delas estão apenas aguardando a oportunidade certa para manifestar tal insatisfação.

Faz a hora

Ocorre que, ao que parece, tem gente relembrando (ainda que fora de contexto) os poderosos versos de Vandré, quando diz: "quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

A partir das peças do quebra-cabeças que o colunista foi capaz de reunir, a parte visível da imagem sugere que tais forças já estão em ação.

Cafezinhos têm sido consumidos, e talvez as primeiras consequências desta reação já tenham sido sentidas, ainda que sob a aparência de ações isoladas e desconexas.

Regras próprias

A rigor, a experiência nos vai mostrando que a política possui suas regras próprias, que não respeitam classe gramatical ou função sintática.

Por exemplo: a análise política da frase "Francisco desistiu de renunciar" pode admitir um sujeito oculto.

E até mais de um.

A pergunta que realmente importa, no entanto, é uma só: quais serão os próximos atos?

A propósito...

Mudando de assunto (mas não muito), o vereador Sérgio Louback informa que foi convidado a assumir a Secretaria de Assistência Social, mas gentilmente declinou.

Louback, que esteve perto de assumir a Secretaria de Saúde, no fim do ano passado, não esconde a intenção de se candidatar a deputado estadual, o que reduziria seu período à frente da secretaria até abril.

Reconhecimento

O Massimo sabe cobrar, mas também faz questão de reconhecer quando é levado a sério.

Começam a chegar relatos a respeito do pagamento dos RPAs referentes ao mês de dezembro de 2016.

A coluna ainda não conseguiu apurar se todos já foram pagos, mas de qualquer forma é uma postura correta, e os responsáveis merecem os cumprimentos por ela.

É verdade que, no frigir dos ovos, estamos falando de um direito que demorou 13 meses para ser pago.

Mas, em se tratando de Brasil, a quitação de algo herdado de administração anterior não deixa de ser algo a ser comemorado.

Pausa para reflexão

Do jornalista e cineasta Alexandre Campos:

"Um dos problemas de projetos políticos personalistas focados em uma pessoa, é que essa pessoa pode ser presa ou até morta. Daí a importância de projetos coletivos que foquem nas pautas. Mais difícil prender ou matar ideias."

Bola dentro

Se alguém visitar a seção de licitações no portal da Prefeitura na internet irá se deparar com uma bem vinda novidade: uma página para dar visibilidade às atas de registro de preço de todos os procedimentos realizados pela Secretaria de Infraestrutura e Logística.

Desde o início do ano os documentos originais, assinados, estão disponíveis 24 horas por dia para a consulta da população.

A transparência agradece.

Bola fora

Já em relação ao novo contrato emergencial com a empresa responsável pelas refeições no Hospital Raul Sertã, a transparência é definitivamente insuficiente.

Afinal, contrato de natureza semelhante já havia sido firmado meses atrás, com prazo de vigência bem determinado.

Ora, não terá sido possível se antecipar à demanda previsível e promover a concorrência nos moldes determinados?

Como se deu o processo de seleção?

Qual o custo médio de uma refeição aos cofres públicos? A qualidade é compatível?

Opção?

Aliás, cabe a lembrança do cancelamento de pregão agendado justamente com esta finalidade, publicado no dia 11 de outubro de 2016.

Logo no início do período de transição, portanto.

A apuração indica que ajustes teriam sido cobrados pelo Tribunal de Contas nos termos de sua resolução nº 262.

Ajustes estes que, claro, poderiam ter sido feitos, ou aproveitados num novo processo.

Abandono?

Destino análogo, inclusive, foi reservado na mesma época a processo seletivo no âmbito da Lei de Licitações para a definição da empresa que faria a manutenção dos equipamentos médicos.

De novo, em vez de incorporar os ajustes, todo o processo foi cancelado.

Cá entre nós, como aconteceu coisa naqueles dias, né não?

Alarme falso?

Sabe aquela espécie de assobio que costuma anteceder o estampido de certos fogos de artifício?

Pois então, tem gente por aí dizendo ter ouvido o tal som.

Estão, agora, esperando pela explosão a qualquer momento.

Tráfego aéreo

O Massimo, contudo, desta vez não ouviu nada.

Além disso, conversou com pessoas que poderiam ter soltado os rojões, e não encontrou ninguém com pólvora nas mãos.

Pode ser alarme falso.

Ou não, vai saber.

Às vésperas de um carnaval onde o hit promete ser "Que tiro foi esse?!", a surpresa pode vir de qualquer lado...

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Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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