IBM na serra

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Para pensar:

“Preguiça é o ato de descansar, antes de estar cansado!”

Homer Simpson

Para refletir:

“Com a mentira se atravessa o mundo, mas não haverá retorno.”

Provérbio ucraniano

IBM na serra

No dia 26 de outubro a coluna registrou que um encontro do secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Marcelo Verly, com representantes da IBM e do Conleste – Consórcio de Municípios do Leste Fluminense, realizado um dia antes no Centro de Tecnologia da UFRJ, havia lançado as bases para que Nova Friburgo pudesse receber o HackaTruck Maker Space em 2020.

A coluna explicou também que este é um projeto de capacitação profissional financiado pela IBM Brasil e pela Flex, por meio da Lei de Informática, em parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado e em colaboração com a Apple.

Definindo o local

Pois bem, nesta quarta-feira, 27, técnicos da IBM visitaram os campi da Uerj e do Cefet em Nova Friburgo para avaliação do espaço e da infraestrutura disponíveis, a fim de definir onde se dará a instalação do laboratório móvel itinerante, prevista para maio de 2020.

A escolha do local respeitará critérios estritamente técnicos, que são basicamente espaço físico, acesso à energia elétrica e infraestrutura de internet (mínimo de 100mb).

Público

O projeto, que já visitou 50 universidades em diversas regiões do país, vem pela primeira vez para o interior do estado, e por aqui será destinado a estudantes de ensino superior da Uerj e do Cefet.

Assim, independentemente do local que venha a ser definido, estudantes das duas universidades vão poder participar.

Créditos

A articulação para a vinda do aparato de capacitação, especialmente em temas como programação Swift para plataforma iOS, partiu do Conleste e do prefeito Renato Bravo.

Antes de chegar a Friburgo, o HackaTruck Maker Space ainda deve passar por Curitiba, Joinville e Niterói.

Previsível

Certas situações são muito previsíveis, mas ainda assim se tornam notícia quando se concretizam.

Durante a sessão desta terça-feira, 26, da Câmara Municipal de Nova Friburgo, o Instituto Unir Saúde solicitou que fosse lido um ofício no qual cobra o valor de R$ 6.698.167,58 dos cofres municipais, alegando se tratarem de repasses atrasados.

Passivo trabalhista (1)

Em seguida, também de modo previsível, a OS (Organização Social) informa que “sem a regularização dos pagamentos, o encerramento do contrato estará prejudicado, já que o instituto não poderá efetuar os pagamentos devidos aos empregados e prestadores de serviço”.

Havíamos cantado essa pedra por aqui há meses, não havíamos?

De acordo com a Unir, o valor das rescisões dos contratos de trabalho já foi apurado e gira em torno de R$ 2 milhões, e soma-se aos cerca de R$ 500 mil devidos aos empregados que tiveram seus contratos rescindidos durante os últimos períodos de prorrogação.

Passivo trabalhista (2)

O documento aponta ainda que “em consequência do inadimplemento contratual, o contrato de gestão acumula dívidas trabalhistas judicializadas que somente poderão ser satisfeitas mediante o recebimento dos repasses em atraso”, e informa que foram protocolados quatro ofícios solicitando um posicionamento formal do município a respeito de quando seria realizado o pagamento dos repasses atrasados, ainda não respondidos.

São citadas também dívidas para com prestadores de serviços e fornecedores.

Problema seu

Evidentemente o texto lembra que a responsabilidade por assegurar o pagamento destes direitos passa a ser compartilhada com a municipalidade a partir do momento em que os repasses deixam de ser feitos nos prazos estipulados, o que na prática significa dizer que a empresa não pagará a menos que receba o valor apresentado, ciente de que o passivo trabalhista será herdado pelo município.

Filme antigo

Já vimos esse filme em outras oportunidades, e sabemos que quando judicializadas estas dívidas crescem, e demoram muito mais a serem pagas.

Vai ser interessante, portanto, acompanhar com atenção o desenrolar dessa história, e observar se ainda terá gente por aqui capaz de defender gestões terceirizadas para o Hospital Raul Sertã e a Maternidade Mário Dutra, depois de tudo que temos visto ultimamente.

Não duvidem de nada.

Esperança

Já faz alguns dias, mas a notícia é importante.

O icônico ramal de trem Cachoeiras de Macacu-Nova Friburgo foi incluído no Plano Estadual de Recuperação da Malha Ferroviária, e consta na redação da lei 8.635, de 2019, que foi sancionada pelo governador Wilson Witzel e publicada pelo Diário Oficial do Executivo estadual na última terça-feira, 26.

Detalhes

O texto é do deputado Welberth Rezende (Cidadania) e altera a lei 8.210, de 2018.

O programa, por sua vez, foi criado com o objetivo de fomentar o turismo do estado a partir da recuperação das estações de trem, permitindo a realização de convênios entre o governo federal, o governo estadual e os municípios.

Demonstrar interesse

O colunista não chegou a viajar de trem pela serra, mas sente saudades dessa época que não viveu, a partir dos relatos que tantas vezes ouviu dos pais ou de pessoas que tiveram essa experiência.

O percurso entre Cachoeiras e Nova Friburgo certamente se situa entre os mais bonitos que se pode ter no Brasil, e seria muito interessante a sociedade se mobilizar a fim de aproveitar essa nova oportunidade.

A coluna, claro, está aberta a ajudar no que lhe seja possível.

Zuzu no Rio

Após o sucesso de seus lançamentos por aqui, Zuzu, sublime obra literária do amigo David Massena ilustrada por Rodrigo Macedo, finalmente desce a serra para se apresentar aos cariocas.

Às 15h deste sábado, 30, terá início uma tarde de autógrafos na Blooks Livraria, localizada na Praia de Botafogo, 316, no Espaço Itaú de Cinema.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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