Era da atenção

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Para pensar:

“Que as coisas continuem como antes, eis a catástrofe!”

Walter Benjamin

Para refletir:

“Notícias falsas sempre existiram, e só prosperam porque o autoengano é uma força poderosa.”

Sylvia Moretzsohn

Era da atenção

O ano é eleitoral, e o (e)leitor, mais do que nunca, dada a quantidade de mentiras a que estamos todos expostos atualmente, tem a obrigação de ficar atento aos sinais, e de buscar confirmação antes de compartilhar informações.

Tem muito lobo disfarçado de cordeiro por aí.

Mas, se olhar bem, parte das patas sempre fica de fora.

Apropriação

Já vimos, por exemplo, que na política muita gente não sente vergonha ao tentar registrar o filho do vizinho, desde que a criança seja bonita.

Claro que com a licitação de medicamentos atualmente em curso não seria diferente.

Vale a pena contextualizar um pouco, portanto.

Alergia

Sabemos que, para algumas pessoas na vida pública, licitação é quase um palavrão, um verbete a ser riscado do dicionário por atrapalhar o exercício da velha política do aperto de mãos, dos telefonemas e das reuniões fechadas.

Tal praga também se encontra entre as montanhas, e este tipo de comportamento rendeu problemas em 2017 que ainda hoje perturbam o sono de quem fez o que não devia, ou não fez o que deveria, como o leitor preferir.

Contra a maré

Deve nos dizer alguma o coisa o fato do processo ter sido agendado para começar dia 20 de dezembro, especialmente quando o exemplo anterior já havia naufragado justamente por falta de concorrentes.

Quem acompanha os bastidores da política friburguense com proximidade sabe que esta jovem e determinada equipe da Secretaria de Infraestrutura e Logística contrariou interesses pesados, e é dela o mérito pelo processo estar dando certo.

Pacto

E já que falamos sobre a compra de medicamentos, conta uma antiga lenda árabe que numa certa cidade serrana próxima a Teerã um dado vizir firmou pacto com entidades caídas que assombravam a região metropolitana da capital, sob pretexto de obter alguns remédios a preços vantajosos.

Para ele, claro.

Será?

Ocorre que o vizir não pagou o combinado, e aí o leitor sabe como é: a assombração voltou para cobrar.

Dizem que, como castigo, ele foi condenado a reencarnar eternamente, e que desde então todos os povos precisam estar sempre atentos às dívidas que são reconhecidas por seus representantes.

Ah, Friburgo…

E então quer dizer que choveu enorme quantidade de granizo no último domingo, 14, e que trechos da RJ-142 ficaram cheios de gelo?

Que loucura, hein?

Por acaso algum meteorologista de plantão saberia nos explicar um pouco o que se passou?

Vocação 

Um dos trabalhos que efetivamente fazem de Nova Friburgo uma cidade diferenciada no cenário nacional é a preservação dos laços que nos unem aos (muitos) povos formadores.

Muita gente torce o nariz e questiona a validade de tais iniciativas, mas episódios como a visita do presidente húngaro János Áder, durante as Olimpíadas, deixam claro que o esforço tem encontrado eco lá fora, e reserva potencial para diversas parcerias educacionais, culturais e econômicas, que ainda não são exploradas como deveriam.

Inoubliable

Partindo deste pressuposto, o Massimo repercute uma questão levantada pelo historiador Henrique Bon: a possibilidade de inclusão da França entre os países formadores de Nova Friburgo.

O camarada Girlan Guilland lembra que “historicamente não faltam argumentos, entre os quais o fato de que o primeiro administrador da então Vila, o médico Jean Bazet, que veio com os colonos, era francês”.

Resta apenas ver se, do lado de lá, a resposta à proposta seria igualmente positiva.

Fala, leitor!

O leitor Paulo Martins envia mensagem chamando a atenção para “o calamitoso estado em que se encontram as vias de acesso aos bairros Imperial, D. João VI, Varginha, e Loteamento Oscar Schultz”.

O Massimo endossa o relato do leitor, acrescentando ainda as vias que cruzam o bairro Nova Suíça estão, com o perdão do trocadilho, parecendo um queijo suíço.

Brincadeiras à parte, temos todos que nos unir em torno de qualquer iniciativa que possa reduzir o risco de acidentes e potencialmente economizar vidas.

Respostas

Os leitores começaram 2018 com a corda toda.

Em relação à foto do fim de semana, mostrando o belo prédio da UFF que foi eternizado pela Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, pontos para José Nilson, Francisco Lavra da Silva, Manoel Pinto de Faria, Gilberto Éboli, Marcelo Machado, Rosemarie Künzel, Alexandra Rodrigues, Tânia Nicolau, Sílvio Poeta e Stênio de Oliveira Soares.

Parabéns a todos.

Coincidência?

Nossa foto de hoje não foi feita por Regina Lo Bianco, nem mostra nenhuma paisagem friburguense.

Ainda assim, a imagem do bondinho do Pão de Açúcar às vésperas de seu centenário, em outubro de 2012, faz uma referência um tanto inquietante ao principal assunto envolvendo Nova Friburgo neste primeiro semestre de 2018.

A pergunta é: qualquer semelhança na logo é mera coincidência?

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Massimo

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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