Banidos e escorraçados do poder

sábado, 07 de outubro de 2017

Edição de 7 e 8 de outubro de 1967

Pesquisado por Guilherme Alt

União e Já

Manchetes:

  • Gabinete do Prefeito Municipal - Nota oficial: Em virtude da nota publicada no matutino “Correio da Manhã”, de 29 de setembro, e transcrita no semanário local “A Paz”, em sua edição de 30, vimos na qualidade de chefe de gabinete do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, esclarecer a opinião pública, sobretudo àquela parcela maior, que apoiou e continua apoiando o chefe do Executivo friburguense, a respeito da denúncia que teria feito o Serviço Nacional de Informações junto ao procurador geral do estado contra o dr. Amâncio Azevedo. Lamentavelmente o semanário “A Paz”, fundado por Galdino do Valle Filho, cumprindo sua missão subversiva, infamante e difamante, bem como caluniosa, faltando com os mais elementares princípios da ética jornalística, procurou sacudir a opinião pública com notícias truncadas, jogando o povo contra o governo, no firme propósito de tumultuar a vida político-administrativa de Nova Friburgo, quando omitiu o texto que era exatamente o que o Ministério da Justiça afirmava carecer de melhores provas as acusações contra o dr. Amâncio Azevedo, acusações estas que foram assacadas pelos seus adversários políticos no auge da campanha eleitoral, os quais foram banidos e escorraçados do poder pela decisão livre, soberana e democrática do povo desta terra, em 15 de novembro de 1966.
  • Deputado Nicanor Campanário: Assumiu a primeira secretaria da Assembleia Legislativa no impedimento, por viagem à Espanha, do deputado Nicanor Campanário, o deputado Álvaro de Almeida. A posse do querido representante friburguense foi festiva e repleta de colegas e amigos.
  • Em política, vale muito acordar cedo: Os meios políticos friburguenses foram surpreendidos com a notícia que demos em primeira mão, na edição passada, qual seja a de que a senhora dona Maria Duque-Estrada Laginestra candidatar-se-ia ao cargo de prefeito na eleição vindoura. Movimentaram-se vários círculos de nossa política e comentários fervilharam.
  • Sociais:  Aniversários de Tânia Albuquerque e Valéria Villaça (7), Walter Azevedo, Tunney Kassuga, Eloá Paiva de Freitas (8), Renato Knust (9), Ângelo Ruiz, Heródoto Bento de Mello Filho, Ruy da Rocha, Salek Salles (10), Luís Gustavo Macário, Aurélio Manoel de Oliveira, Maria Nazareth, Ary Ventura (13), Nydia Rangel, Marilse Rangel Ventura (14).

Colunas:

  • Nelson Kemp assina “Santa”: Friburgo perdeu uma de suas maiores expressões católicas – a senhora Maria Dutra de Castro, expoente da mais alta extirpe que fizera das mães cristãs um núcleo de proteção aos deserdados da sorte e que teve como seu primeiro diretor o padre Yabar.  Figura tradicional da cidade, da antiga família Dutra, tão conhecida e estimada por todos, era um encanto vê-la de manhã em demanda da igreja para sua comunhão, no seu profundo devotamento a Deus.
  • Em Nova Friburgo na Sociedade, W Robson assina “União e Já”. Há imperiosa necessidade de aproximação e completo entrosamento dos senhores presidentes dos nossos clubes, tão sacrificados e tão explorados nas suas grandes festas (destacadamente nas carnavalescas) como se fossem simples portas de botecos, movimentadas casas comerciais. Conhecemos bem de perto seus inúmeros problemas íntimos, vividos ante a exigência das orquestras, cujos diretores inteligentemente, estão sempre em lua de mel, quando se trata da majoração de seus preços.
  • “Retalhos”: J.B da Silva destaca que a ausência da coluna na última semana e que seus leitores ficaram preocupados, mas que devido à correria do dia a dia, ficou impedido de finalizar a tempo o semanário. Também foi destaque o setor imobiliário: “aos que pretendem adquirir o apartamento 201, do “Beatriz” fiquem avisados de que seu preço subiu alguns milhões de cruzeiros novos. É que um grupo de amigos – Amâncio, Paulo Azevedo, João Saldanha, Menezes, João Agrello, Vinícius, Lafayette, entre tantos outros, substituíram uma pequena falha no centro da sala por um tijolinho de ouro. Precioso que representou espécie. Valiosíssimo, entretanto, pelo seu calor moral, pela prova de carinho e amizade que, certamente, ultrapassou os nosso méritos. Parabenizou o TG 218 por formar novos reservistas e as condolências a família de dona Maria Dutra Castro. Preocupou-se não só com a criação de seus inúmeros filhos. “Repartiu seu carinho com outros aos quais faltara amor materno”.
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Há 50 anos

Há 50 anos

Coluna que mostra o que foi notícia em A Voz da Serra 50 anos atrás.

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