Os melhores do Caderno Z

sábado, 30 de dezembro de 2017

Queridos leitores, tem sido uma grande honra poder compartilhar o mundo do cinema com vocês. O nosso espaço de cinema ocupa os papéis e site de A VOZ DA SERRA desde a primeira edição do Caderno Z, em março.

O ano está acabando e muitos filmes chegaram aos nossos cinemas, alguns interessantes e marcantes, outros lamentáveis, mas estes ficam no passado. Farei uma lista dos dez melhores desde março para que possamos rever. Mas não significa que precisaremos esperar meses para assistir a bons filmes nos cinemas. Aqueles que pretendem ser aspirantes ao Oscar começam a entrar em cartaz agora, os supostos melhores filmes das produtoras chegam aos cinemas nesse período.

Começamos nossa coluna com o pé direito, o vencedor do Oscar 2017 na categoria melhor filme: Moonlight - sob a Luz do Luar (Moonlight) ocupou as nossas salas por um tempo. Sem dúvida uma obra atemporal de Barry Jenkins, hoje disponível na Netflix. Um filme que estabelece a necessidade do debate, digna experiência da sala do cinema para re-estruturar ideias e quebrar paradigmas.

A guerra é banal. A guerra é loucura. A guerra não oferece nenhuma razão para quem vive e quem morre. Com Dunkirk, o cineasta Christopher Nolan cria uma nova linguagem cinematográfica com seu filme que se passa na segunda guerra mundial, confunde as fronteiras entre o tempo e o espaço fílmico, desconstruindo o mundo físico para explorar as forças imateriais que o fazem marcar. Disponível em DVD ou Blu-ray.

Os adultos de plantão que foram crianças nos anos 80 e vivenciaram o fenômeno do palhaço Bozo, descobriram os bastidores de seu sucesso com o filme Bingo - O Rei das Manhãs, de Daniel Rezende. O roteiro conta a história de Arlindo Barreto, aquele que transformou o palhaço em fenômeno, sua vida caótica que o levou a depressão e excessos de drogas. O nosso filme aspirante a vaga no Oscar na categoria melhor filme estrangeiro em 2018. Disponível em DVD ou Blu-ray.

O cinema brasileiro voltou aos holofotes com o ator Selton Mello, que amadurece como cineasta e nos entrega o sensível O Filme da Minha Vida. O cineasta americano Darren Aronofsky interpreta a Bíblia Sagrada a sua maneira e cria a sua versão da formação da terra com o filme Mãe! (Mother!), um sonho de pesadelo com estética gótica.

Assistimos ao filme da única mulher vencedora do Oscar de melhor direção, Kathryn Bigelow. Detroit em rebelião (Detroit) trata do caos por questões raciais da cidade de Detroit em 1967, o enfoque está mais sobre o ódio do que a dor que o ódio deixa em nossas vidas. As escolhas técnicas não tiram a importância do filme e suas questões de opressão violenta das pessoas brancas aos negros. Em se tratando de tema racial, o filme independente Corra! (Get Out) apresenta a ideia do roteirista e diretor Jordan Peele a partir do clichê de filme de terror em que o negro sempre morre primeiro, e aborda as questões raciais da nossa sociedade. Um filme de terror com conteúdo, e ao mesmo tempo inquietante, sem receio de chamar atenção das pessoas retrógradas e seus pensamentos racistas.

Os super-heróis para além dos colantes coloridos estiverem entre nós, foi o caso de Logan, a despedida do ator Hugh Jackman do papel título e terceiro filme solo do super-herói mutante. O roteiro e direção se afasta do formato dos Estúdios Marvel e mostra que é possível ter uma história madura de herói com ótimas interpretações. Ainda tivemos Mulher Maravilha (Wonder Woman), de Patty Jenkins. Um marco para os papéis femininos no cinema e maior sucesso de bilheteria da DC Comics.

Por fim, o filme mais belo esteticamente do ano, Blade Runner 2049. Uma obra que poderia ter simplesmente percorrido as ruas com a mesma imagem de claro/escuro e entregado a satisfatório mesma cidade familiar de seu antecessor. Em vez disso, o diretor Denis Villeneuve vai além com uma remodelação exuberante e sublime, a inspiradora estética de ficção científica do original é aprofundada em seus complexos temas epistemológicos. Estivemos diante de mais uma obra de espetáculo duradouro.

2018 é logo ali, e com ele na expectativa de muitos filmes para que possamos nos divertir e pensar a vida. Que a força esteja com você! Feliz Ano Novo :)

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