07-07-2017

sexta-feira, 07 de julho de 2017

Dia 7, do mês 7, do ano de 2017. Emblemático pela mágica dos números, pelo momento, pelo Botafogo. Pelo 7 que diferencia o Clube da Estrela Solitária de qualquer outro. Acordamos neste 7 de julho, mas ainda não despertamos. O sonho continua, mais vivo do que nunca. Possível como sempre. Aguardado e desejado, talvez, como jamais antes. Pela torcida, pela atmosfera, pelos resultados, pelas circunstâncias. Pelo grupo de jogadores, que carrega consigo a mesma fome de cada torcedor botafoguense. Santa comunhão!

Acordar nesse dia 7 do 7 de 2017 foi diferente. Pelo gol aos 37, no 7º jogo pela Libertadores, sem contar a Pré. Exatamente 7 dias depois de termos perdido o camisa 7, Montillo. No primeiro tempo, desarmamos o Nacional 7 vezes. E a partir de um desses desarmes, surge a jogada com Pimpão pela esquerda, a infiltração de Bruno Silva pela direita e o aproveitamento de João Paulo na grande área. Um misto de identidade com dedo do treinador, que cobrava maior presença do meia na grande área. Tudo parece funcionar em harmonia. Se o Nacional finalizou dez vezes na etapa inicial, o Botafogo chutou três. Ou seja, 7 a menos. Apenas o suficiente.

No segundo tempo o Glorioso jogou Libertadores. E a torcida também. Os presentes ao estádio, à General, em cada canto do Rio de Janeiro, do Brasil e do Mundo. Por vezes, e não foram poucas, os alvinegros cantaram mais alto em Montevidéu. Multiplicaram-se, juntamente com cada um que estava em campo. O que dizer sobre as atuações de João Paulo, Bruno Silva e, principalmente, Carli e Matheus Fernandes? Resta apenas aplaudir, como todo o restante da equipe, taticamente e emocionalmente perfeita. No final das contas, foram 217 passes certos e 17 desarmes. O Botafogo finalizou oito vezes, e colocou uma na rede. As outras 7... Ficam para compor a magia que envolve uma campanha histórica.

Há camisas que são pesadas por natureza. Entre o que é vendido e o que é realidade existe uma diferença prática. E ela só pode ser observada dentro de campo. Em um jogo importante, talvez, de Libertadores. Ser campeão ou não é outro assunto, e envolve questões que nem sempre se resumem ao campo de jogo. Mas a Estrela Solitária carrega uma tonelada de amor, história e superstição. Um universo de sonhos movidos pela loucura de cinco milhões de apaixonados. O preto e branco listrado pesa. E como pesa...

Como disse o presidente ainda nos vestiários, depois da batalha no Uruguai, existe uma mania de duvidarem do Botafogo. Gostamos assim. O importante – e nesse momento dirijo a palavra para cada jogador – é que a torcida do Botafogo acredita. E essa não é qualquer crença. É o voto de confiança e esperança de quem escolheu o caminho da luz, da Estrela. E estrela esse time tem. No peito e na bola. Enquanto todos são dez, nós somos 7. Muito mais confiantes nesse 7 do 7 de 2017.

Saudações alvinegras! Jogo a jogo, batalha a batalha, continuaremos acreditando, até que possamos, enfim, transformar o sonho em realidade. Até a próxima!

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.