Riqueza para poucos

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Riqueza para poucos

A riqueza segue concentrada nas mãos de poucos no Brasil. As pessoas que faziam parte do topo da pirâmide, aquele 1% da população brasileira com rendimentos mais elevados, recebiam 36,1 vezes mais do que a metade mais pobre da população, que compõe a base da pirâmide.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O rendimento médio mensal real da metade mais pobre da população brasileira ficou em R$ 754 em 2017, contra uma média de R$ 27.213 recebidos pelos mais ricos.

Rendimentos recuam

O rendimento médio do trabalho brasileiro recuou de R$ 2.124 para R$ 2.112 entre 2016 e 2017, uma queda de 0,56%. Os dados divulgados pelo IBGE fazem parte da PNAD Contínua e consideram os rendimentos recebidos apenas por trabalhadores ocupados com 14 anos ou mais de idade (124,6 milhões de brasileiros). O rendimento é maior para o trabalhador do Centro-Oeste, com salário médio de R$ 2.479, e menor para o do Nordeste, com R$ 1.429.

Demissões na Casa da Moeda

A Casa da Moeda do Brasil demitiu, por telegrama, 212 funcionários de diversas áreas que atuam na sede da empresa no Rio de Janeiro. A instituição é responsável pela impressão de cédulas de reais e pela fabricação de moedas e de outros produtos como passaportes com chips e selos fiscais.

A empresa informou, por meio de nota, que a medida foi adotada "após diversas ações para a redução interna de custos operacionais, a redução expressiva das funções de confiança e o oferecimento de Plano de Desligamento Voluntário".

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"A Casa da Moeda é uma empresa pública não dependente de recursos do Tesouro. A redução do quadro de empregados foi avaliada pela diretoria executiva e pelo Conselho de Administração como necessária para assegurar a sustentabilidade e a continuidade empresarial”, acrescenta o texto.

Queda na produção

Oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE no país tiveram queda na produção industrial de janeiro para fevereiro deste ano. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada no Rio de Janeiro, os maiores recuos foram observados no Pará  (10,9%), Amazonas (-5,9%) e Mato Grosso (-4,4%).

Também houve queda na produção em Minas Gerais (-2,8%), Espírito Santo (-1,1%), Ceará (-0,7%), São Paulo (-0,5%) e Rio Grande do Sul (-0,1%). Goiás manteve o mesmo nível de produção nos dois meses.

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Seis locais acusaram alta e mantiveram a produção industrial nacional com resultado positivo de 0,2% de janeiro para fevereiro. Houve avanço no Paraná (3,3%), na Região Nordeste (2,6%), em Pernambuco (1,3%), Rio de Janeiro (1,2%), Santa Catarina e Bahia (ambos com 0,9%).

Novo ministro

A manutenção do crescimento econômico e da inflação e da taxa de juros baixas dependem da reforma da Previdência, afirmou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília. Guardia assumiu o comando do Ministério da Fazenda no lugar de Henrique Meirelles.

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Na terça-feira, 10 o presidente Michel Temer deu posse a dez ministros, entre eles Guardia, que ocupava a secretaria executiva da pasta desde 2016.

“Não existe solução consistente e duradoura que não seja o equilíbrio das contas públicas. Reitero a importância da reforma da Previdência”, disse Guardia.

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