Mercado reduz projeção

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Mercado reduz projeção

O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação este ano pela 11ª vez seguida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,93% para 3,92%, de acordo com o boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas, pelo Banco Central (BC), e divulgada às segundas-feiras. A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta, que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa caiu 4,36% para 4,34%, no segundo ajuste seguido.

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A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) permanece em 0,50%, este ano e em 2,50%, em 2018. Para as instituições financeiras, a taxa básica de juros, a Selic, encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano.

Lei dos endividados

A lei complementar que institui o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União. A lei foi sancionada sem vetos pelo presidente Michel Temer. A medida permite que estados com alto endividamento e problemas de caixa tenham o pagamento da dívida com a União suspenso por três anos, prorrogáveis por igual período, desde que atendam às contrapartidas constantes da proposta. Em troca da suspensão das dívidas, estão previstas medidas como o congelamento de reajustes a servidores públicos e a restrição à realização de concursos.

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SUV em alta

O mercado brasileiro de veículos chegou, em 2017, a uma situação inédita: a venda de utilitários esportivos, conhecidos pela sigla SUV, tipo voltado aos consumidores de maior renda, superou pela primeira vez o consumo de carros de entrada, que estão entre os mais baratos e, por isso, são destinados aos clientes de menor poder aquisitivo. De janeiro a abril deste ano, os SUVs alcançaram 21,4% do mercado de automóveis, contra 17,5% em igual período de 2016, segundo dados da Fenabrave, associação que representa as concessionárias.

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Há quatro anos, quando as vendas de veículos bateram recorde no Brasil, este segmento representava apenas 8,9%. Os carros de entrada, por sua vez, fizeram o caminho inverso. Em 2012, ano do recorde, tinham a maior fatia do mercado, com 31,3% do total. Hoje, no acumulado de 2017, são 20,7%.

Planos em baixa

O mês de abril significou mais um período de retração no mercado brasileiro de planos de saúde. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) elaborada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), houve queda de 2% em comparação ao mesmo mês do ano passado, o que reduz a 47,5 milhões o total de beneficiários de planos médico-hospitalares no Brasil. Dos 962 mil vínculos rompidos nos 12 meses e encerrados em abril deste ano, 742,8 mil são da região Sudeste, sendo os estados de São Paulo e Rio de Janeiro os maiores contribuintes. Em São Paulo a retração foi de 2,6%, ou seja, 475,8 mil beneficiários a menos do que em abril de 2016. No Rio de Janeiro a queda foi de 3,2%, o equivalente a 181,2 mil vínculos rompidos.

Risco Brasil

A agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve a nota de crédito do Brasil em moeda estrangeira em BB, e a sua perspectiva, negativa. O país permanece dois degraus abaixo do grau de investimento. Segundo a agência, a perspectiva negativa reflete a continuidade das incertezas sobre a recuperação econômica do Brasil, sobre estabilização da dívida pública, devido aos grandes desequilíbrios orçamentários, e sobre avanços em reformas, principalmente a da Previdência Social.

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