Meirelles esclarece

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Meirelles esclarece

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo federal só aumentará impostos no país "em último caso". Segundo ele, o governo espera que o crescimento econômico, em retomada, possa melhorar a arrecadação do país, sem que seja necessário, a princípio, aumentar impostos.

*****

"O fato concreto é que, sim, esperamos uma arrecadação forte no próximo ano e isso será o fator mais importante. A recuperação move o crescimento do país. Não é aumento de imposto; aumento de imposto só em último caso. Temos falado isso sistematicamente", disse o ministro.

Subsídios das empresas

O país gastou R$ 723 bilhões com subsídios para o setor privado em um período de 10 anos encerrado em dezembro de 2016. A informação é do secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida, que participa hoje, 8, no Senado Federal, de audiência pública da comissão mista para análise da Medida Provisória (MP) 777.

*****

A MP 777 trata da substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada em contratos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela Taxa de Longo Prazo (TLP). A TJLP, atualmente em 7% ao ano, é subsidiada pelo Tesouro Nacional.

Metro quadrado mais caro

O custo da construção civil aumentou no Brasil de junho para julho e chegou a R$ 1.052,75, de acordo com o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), divulgado pelo IBGE ontem, 9. O indicador dos preços da construção acelerou para 0,58% e, em 12 meses, está acumulado em 4,25%. O preço do metro construído é composto por R$ 537,78 dos materiais e R$ 514,97 da mão de obra.

*****

Conforme as regiões brasileiras, o custo da construção do metro quadrado ficou em R$ 1.053,04 no Norte; R$ 973,50 no Nordeste; R$ 1.103,17 no Sudeste; R$ 1.097,55 no Sul; e R$ 1.053,77 no Centro-Oeste. O Rio de Janeiro registrou a maior alta na passagem de junho para julho — alta de 3,03% nos custos.

Negativados

O volume de consumidores negativados no país fechou o mês de julho na casa dos 59,4 milhões de pessoas, aponta estimativa elaborada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), com base em dados de todos os participantes do setor de proteção ao crédito. Na comparação com o período equivalente de 2016, quando o número atingiu 58,9 milhões, houve crescimento de 0,84%.

*****

Os quase 60 milhões de negativados representam 39,3% da população brasileira com idade entre 18 e 95 anos, o que, segundo a SPC Brasil e a CNDL, reflete as dificuldades impostas às famílias pelo desemprego elevado.

Fator responsável

A entrada em vigor da bandeira amarela nas contas de energia elétrica em 1º de julho foi o principal fator responsável pela inflação de 0,24% em julho deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia elétrica ficou 6% mais cara, em média, no país no mês, e resultou em um custo adicional de R$ 2 a mais por cada 100 quilowatts-hora (Kwh) consumidos.

Também contribuiu para o aumento da energia elétrica a alta do PIS/Cofins e os reajustes das tarifas em São Paulo (8,54%) e Curitiba (9,33%), que foram as cidades que mais sentiram o impacto do aumento da energia.

Preços em alta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,17% em julho, ante um recuo de 0,30% em junho, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.

Com o resultado agora apresentado, o índice acumulou uma elevação de 1,30% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 2,08%. Em julho do ano passado, o INPC havia sido de 0,64%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos, e chefiadas por assalariados.

Refrigerante não

Projeto de lei que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas do ensino fundamental, do 1° ao 9° ano, foi aprovado anteontem, 8, pela Comissão de Constituição e de Justiça da Câmara (CCJ). O projeto está pronto para ser votado no plenário da Câmara e, se for aprovado, será encaminhado ao Senado para apreciação.

De autoria do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), recebeu parecer favorável do relator, Luiz Couto (PT-BA), e foi aprovado pelos membros da CCJ. De acordo com o relator, a proposta vem em bom momento, “tendo em vista os riscos relacionados ao excesso de consumo de bebidas açucaradas e o aumento dos casos de sobrepeso e de obesidade”. 

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.