Luz puxa preços

terça-feira, 23 de maio de 2017

Luz puxa preços

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou elevação de 0,35%, na terceira apuração do mês, taxa que é 0,05 ponto percentual maior em relação ao último levantamento (0,30%). Dos oito grupos pesquisados, cinco tiveram acréscimos; com destaque para habitação, que subiu de 0,44% para 0,93% sob influência da tarifa de eletricidade residencial, que passou de 1,52% para 5,78%. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em sete capitais.

Meirelles tranquiliza

Em meio a mais turbulenta crise política desde o início do governo de Michel Temer, o Palácio do Planalto trabalha para passar a mensagem de que a política econômica será mantida.  Desde quinta-feira, 18, quando saíram as informações relativas a delação premiada dos donos da JBS implicando o presidente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem conversado com investidores e agentes do mercado para garantir que nada muda na economia.

Reforma vai andar

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, marcou para o período entre 5 e 12 de junho o início das discussões em Plenário sobre a proposta de reforma da Previdência. Segundo ele, a Câmara tem um compromisso com a recuperação econômica, com a geração de empregos e com a redução da taxa de juros no País. “Precisamos ter todas nossas energias focadas na agenda econômica, que garante desenvolvimento social para todos.” Maia reconheceu a gravidade da situação. Para ele, a atual crise só poderá ser superada com paciência e com o fortalecimento das instituições, para que cada Poder cumpra o seu papel constitucional.

Parlamento diverge

Deputados da base governista e da oposição divergem sobre a continuidade ou não das votações na Câmara após denúncias envolvendo o presidente Temer. Neste momento, 16 medidas provisórias estão com o prazo de vigência no limite. Todas elas perdem a validade entre os dias 28 de maio e 2 de junho. Entre elas estão a que instituiu um novo Refis, para renegociar dívidas de empresas com a Receita Federal, a que alterou a legislação fundiária e a que permitiu ao comércio diferenciar preços entre compras em dinheiro ou com cartão.

Voando mais

A aviação doméstica brasileira registrou em abril um crescimento de 3,2% na demanda por voos em comparação com o mesmo mês de 2016, marcando o segundo mês consecutivo de crescimento.

Gastando mais

Os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 1,325 bilhão em abril deste ano, informou ontem o Banco Central (BC). O resultado é 23,14% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando os brasileiros gastaram US$ 1,076 bilhão.

Já as receitas de estrangeiros em viagem no Brasil não variaram tanto do ano passado pra cá: em abril, US$ 417 milhões, contra US$ 475 milhões registrados em igual mês de 2016.  Com esses resultados, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 908 milhões, no mês passado. De janeiro a abril, o saldo negativo é de US$ 3,536 bilhões.

Cargas protegidas

O governador Luiz Fernando Pezão sancionou lei que proíbe a venda e a fabricação de aparelhos que bloqueiam os sinais de rastreadores de veículos (jammer) no Estado do Rio. De autoria do deputado Zaqueu Teixeira (PDT), e com apoio do Sistema Firjan, a lei faz parte das medidas contra o roubo de cargas defendidas pela Carta do Rio, documento proposto pela Federação fluminense no lançamento do Movimento Nacional de Combate ao Roubo de Cargas, em março.

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Segundo a nova lei, somente órgãos de segurança pública poderão comprar os dispositivos bloqueadores. A empresa que comercializar o equipamento será multada em dez mil Ufirs-RJ, cerca de R$ 31 mil, por dia, além de sofrer a cassação da inscrição no ICMS. Os provedores de acesso à internet deverão bloquear o endereço de IP e suspender as páginas que descumprirem a lei e comercializarem o equipamento.

Alimentos sobem

O ritmo de aumento de preços dos alimentos acelerou na passagem de abril para maio, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta saiu de 0,31% para 0,42% no período. As principais altas foram registradas na batata-inglesa (16,08%), tomate (12,09%) e cebola (9,15%). Por outro lado, houve reduções no óleo de soja (-5,81%), açúcar cristal (-3,03%), frutas (-2,73%) e feijão carioca (-2,52).  Os preços dos remédios subiram 2,08% e também tiveram impacto relevante no índice. 

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