Crédito aumenta

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Crédito aumenta

A busca por crédito no país aumentou 7,2%, no último mês de maio, sobre igual período do ano passado, e 18,6% em comparação ao último mês de abril, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve elevação de 1% comparado ao mesmo período de 2016. Na avaliação dos economistas o crescimento se deve à queda da inflação e das taxas de juros. Para eles, os recuos “estão, aos poucos, devolvendo o estímulo ao consumidor a retornar, ainda que muito gradualmente, ao mercado de crédito”.

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Houve crescimento em todas as regiões do país, com destaque para o Norte (12,3%). A segunda maior alta foi constatada no Nordeste (8,6%), seguida pelo Sul (8,1%); Sudeste (6,7%) e Centro-Oeste (2,2%).

PIB pode crescer

O Banco Central (BC) manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e reduziu estimativa para a inflação. De acordo com o Relatório de Inflação, divulgado ontem, 22, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) segue em 0,5% para 2017. Entretanto, no relatório, o BC cita as reformas propostas pelo governo, como a da Previdência e trabalhista, para que a economia se recupere este ano. “A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade”.

O Índice de Confiança da Indústria apresentou uma queda de 2,3 pontos na prévia de junho, na comparação com o resultado consolidado de maio, chegando a 90 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Caso o resultado se confirme na pesquisa consolidada deste mês, será a primeira queda do indicador depois de três altas consecutivas. A pesquisa foi feita pela Fundação Getúlio Vargas.

*****A prévia mostra que os empresários estão menos confiantes em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice de Expectativas recuou 3,2 pontos, chegando a 92,5 pontos, e o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 1,3 ponto, atingindo 87,7 pontos.

Evitando prejuízo

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) conseguiu, nos últimos doze meses (de maio de 2016 a maio de 2017), evitar um prejuízo de R$ 9,32 bilhões aos cofres públicos. Após trabalhos de auditoria e fiscalização de programas sociais, revisão das regras e suspensão de benefícios indevidos, foi possível gerar uma economia com auxílios-doença e aposentadorias por invalidez do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de R$ 4,5 bilhões. Nos Benefícios de Prestação Continuada (BPC), houve uma economia de R$ 2,2 bilhões; Seguro-Defeso do Pescador Artesanal (R$ 1,6 bilhão) e Bolsa-Família (R$ 1,02 bilhão).

Corte de pessoal

A Eletrobras deverá cortar quase 50 por cento de seu quadro de pessoal durante reestruturação para sair de uma enorme crise financeira iniciada ao final de 2012, sob impacto de um pacote de medidas do governo federal para reduzir as tarifas de eletricidade, disse, na quarta-feira, 21, o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr. Ele afirmou que a estatal de energia tem trabalhado em um plano de reestruturação que envolve redução de investimentos, vendas de ativos e imóveis administrativos e fortes cortes nas despesas. "Tem saída para o Grupo Eletrobras, o que não parecia no começo”, disse Ferreira.

Volta do extintor

A Comissão de Viação e Transportes, da Câmara dos Deputados, aprovou a inclusão do extintor de incêndio com carga de pó ABC entre os equipamentos obrigatórios dos veículos. A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro, que hoje não inclui o extintor. As especificações deverão ser definidas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A medida está prevista no Projeto de Lei 3404/15, do deputado Moses Rodrigues (PMDB-CE), e recebeu parecer favorável do relator, deputado Remídio Monai (PR-RR). O texto vai na contramão de uma resolução de setembro de 2015 do Contran que tornou facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.

Capital e trabalho

Um estudo divulgado pelo Santander aponta que a aprovação da reforma trabalhista pode gerar 2,3 milhões de empregos no país. Segundo a instituição financeira, a excessiva regulamentação do mercado de trabalho brasileiro é considerada pelas empresas como o segundo fator mais problemático para se fazer negócios no país. Os autores reconhecem, porém, que um mercado com maior rotatividade tende a penalizar de forma mais intensa o trabalhador menos qualificado, que tende a ser o primeiro a perder o emprego durante as crises e o último a ser contratado nas recuperações. Desta forma, destacam que são necessárias políticas de proteção social para amenizar tais efeitos.

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