Vitória da sensatez

sexta-feira, 06 de abril de 2018
por Jornal A Voz da Serra

A NAÇÃO assistiu, quarta-feira, 4, à continuação do julgamento do habeas corpus preventivo impetrado pelo ex-presidente Lula para que não seja levado à prisão depois que um tribunal de segunda instância o condenou por corrupção e lavagem de dinheiro.

 O SUPREMO Tribunal Federal (STF) rejeitou por seis votos a cinco o pedido de habeas corpus preventivo da defesa e com isso autorizou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O julgamento durou quase 11 horas, e o resultado foi proclamado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

 AGORA, A execução da prisão depende do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que, em janeiro, condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá-SP. Os advogados de Lula têm até o dia 10 para apresentar ao TRF-4 a última possibilidade de recurso do ex-presidente na segunda instância antes que ele possa ser preso.  

O CLIMA antes do julgamento era de “guerra de torcidas”. Para piorar, quem deveria não se meter nesse debate, preservando a sua instituição de responsabilidade num retrocesso, o fez, como o comandante do Exército, que postou uma mensagem de repúdio à impunidade, às vésperas do julgamento.

TÃO GRANDE foi a influência do período petista que ainda não conseguimos nos desligar dele. Está em questão um assunto que interessa a todos os implicados em crimes de colarinho-branco nos últimos anos no Brasil.

TAL CRISE não estaria ocorrendo se o Supremo não tivesse fraquejado em várias oportunidades, como ao garantir os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff e manter a permanência do senador Renan Calheiros como presidente do Senado.

TRATA-SE de uma justiça de classe. Em nossa realidade social, existem essa Justiça e a que condena as pessoas antes mesmo de qualquer instância com a prisão provisória, que atinge mais de 290 mil detentos brasileiros.

ESSA Justiça não é igual para todos. Para ser justa e respeitada, a Justiça não pode se deixar contaminar por outros interesses. Vamos aguardar os próximos capítulos.   

 

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