Vilage encanta arquibancadas com “procissão” para São João Batista

Homenagem da verde e branco ao padroeiro da cidade emocionou público na Alberto Braune
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
por Vinicius Gastin
A cultura do Nordeste presente nas alegoarias da Vilage (Fotos de Marcos Tostes)
A cultura do Nordeste presente nas alegoarias da Vilage (Fotos de Marcos Tostes)

A imponência da águia, iluminada em verde e com movimentos na cabeça e no bico, já anunciava o nível da apresentação da Vilage no Samba. Em forma de procissão, de canto, de poesia. Um samba-enredo trabalhado em cada verso, exaltando detalhes tão particulares de Nova Friburgo, como o chafariz, a Matriz e as noites iluminadas pela lua. Todo um contexto criado para receber a procissão da verde e branco, que teve início na Matriz de São João Batista e terminou com as luzes da última alegoria. A homenagem ao padroeiro do município emocionou durante o segundo desfile na noite de domingo, 11.

Os fatos marcantes que cercam a vida e morte do profeta mensageiro da vinda de Jesus foram contados pelos mais de mil integrantes, posicionados ao longo de 22 alas e dos quatro carros alegóricos. Estes, de fato, foram os grandes destaques da compacta e luxuosa apresentação da Vilage, com mais de 4,5 metros. A imponência, os efeitos e a beleza do acabamento surpreenderam, atraindo olhares, flashes e o interesse do público presente durante a apresentação da escola.

Logo na comissão de frente, um tripé com o desenho da Matriz de São João Batista, trazendo um balão, danças típicas das festas de São João e dança. A procissão se transformou em xaxado, com direito a fogueira.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Betão e Alessandra, veio logo na sequência, e até mesmo a figura de Jesus Cristo apareceu em uma das alas para abençoar a entrada da águia, símbolo da escola, na avenida. Vários santos foram retratados na segunda alegoria, juntamente com Nossa Senhora, a destaque.

A Sinfônica da Vila, a bateria de mestre Negrete, desfilou com seus 80 ritmistas vestidos como nordestinos e chapéus caracterísitcos de lampião, e deram o tom da apresentação com suas paradinhas e as presenças da rainha Helen Santos e da musa Pamela Jordão.

O dourado, o branco dos missionários da redenção e as fantasias com imagens de São João precederam o festival de colorido para lembrar a alegria das festas juninas. Os balões coloridos e acesos no terceiro carro anunciaram o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Lucas e Danielen. O enredo “São João, acende a fogueira do meu coração” mostrou a trajetória do padroeiro, desde o batismo de Jesus nas águas do Rio Jordão ao martírio do profeta, a origem das festas, na Europa, e a disseminação no Brasil, que se transformaram nas festas juninas.

O desfile terminou com a velha guarda e o carro completamente iluminado, repleto de velas, simbolizando uma grande procissão, que pode levar a Vilage no Samba ao 25º título do Carnaval de Nova Friburgo. Se na letra do samba “O povo agradece por nossa cidade”, ao final do desfile, o agradecimento foi pelo espetáculo apresentado.

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