Telefonia móvel em Nova Friburgo: Câmara entra na discussão

quarta-feira, 08 de outubro de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Telefonia móvel em Nova Friburgo: Câmara entra na discussão
Telefonia móvel em Nova Friburgo: Câmara entra na discussão

Respondendo às inúmeras reclamações por parte de usuários e também buscando esclarecer dúvidas sobre eventuais riscos atrelados à presença de antenas de retransmissão de telefonia móvel, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade, na sessão de terça-feira, 7, a realização de reunião específica a partir das 9h de hoje. Representantes de todas as operadoras já confirmaram presença, e a sessão contará ainda com a palestra intitulada "Efeitos da radiação não ionizante das estações rádio base da telefonia móvel”, apresentada pelo doutor Gláucio Lima Siqueira.

A reportagem de A VOZ DA SERRA, que já vinha reunindo informações sobre o tema, foi às ruas ouvir opiniões a respeito da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras e também conversou com o advogado Julio Reis, do Procon, a fim de orientar os leitores que eventualmente sintam-se lesados de alguma maneira.

"Minha operadora é a Vivo, mas não funciona bem. Ficar sem sinal já é uma coisa comum.” Marina Faustini , 18 anos, estudante, Centro.

"Uso a Vivo e só posso dizer que é uma porcaria. Estou tentando falar com minha filha desde cedo, desde a hora que eu acordei, às 5h, e não consigo. Está sem área até agora. E em Riograndina, onde eu moro, é ainda pior. Lá fica quatro, cinco dias até sem sinal. Só para quem tem 4G funciona bem. A gente compra 3G, agora tem que comprar o 4G. Vamos ter que trabalhar só para comprar celular.” Edna Aguiar da Silva, 42 anos, dona de casa, Riograndina.

"A Vivo pega muito mal. É Vivo e morta. A internet então... uma porcaria. Quem tem Vivo, ultimamente, não está conseguindo usar o telefone. Ontem mesmo eu estava falando, caiu e ficou umas duas horas fora. Sem falar do 3G, que é horrível.” Patrícia dos Santos Ouverney, 35 anos, supervisora de esporte, Catarcione.

"Eu uso Vivo e é horrível. Para mim, tanto fazer ligação quanto usar a internet está difícil. Não pega bem, não funciona. Onde eu moro é normal ficar sem área. Ontem mesmo estava sem sinal. É um vai e vem.” Alexandra Marques,41 anos, do lar, Catarcione.

"Eu uso a Vivo e, apesar de algumas vezes não funcionar, acho que é razoável. O pior mesmo é o 3G — muito fraquinho. Para quem usa internet é horrível.” Junior Arrais, 23 anos, vendedor, Centro.

"Antigamente usava um chip da Vivo, mas mudei por conta do mau funcionamento. Mas agora com a Tim as coisas não mudaram muito, também funciona muito mal.” Aroldo Gonçalves, 58 anos, Cônego.

"Tenho Tim e o serviço ultimamente peca na qualidade de sinal e de chamada. Várias pessoas me ligam e sempre me dizem que dá ocupado, quando na verdade o celular estava apto a receber ligações. Preciso do celular para meu meio profissional e essas falhas estão trazendo prejuízos incalculáveis.” Eder Correa, empresário, 30 anos, Vila Nova.

"Sempre usei o chip da Tim, mas ultimamente ele tem estado muito ruim. A operadora perde o sinal várias vezes ao dia. Nunca pensei em trocar porque, sinceramente, trocar de operadora significa trocar de problema. É igual trocar de mulher.” Geraldo Santos, 64 anos, Centro.

 "Gosto muito da Tim. Sou cliente há três anos e nem penso em trocar de operadora. Por incrível que pareça funciona perfeitamente bem para mim. O 3G é melhor que o wi-fi da minha casa.” Lurryellen Menezes de Araújo, 21 anos, dona de casa, Olaria.

"Tenho dois chips, um da Vivo e outro da Tim. Apesar de utilizar mais o da Vivo por conta da internet, às vezes tenho usado o da Tim para quebrar um galho porque o outro não funciona.” Guilherme Campos, 26 anos, Cônego.

 "Tenho dois chips. Uso o da Claro quando o da outra operadora não tem sinal, o que tem sido normal ultimamente. Nunca reclamei porque acho que não adianta.” Felipe Antônio Braga, 18 anos, Chácara do Paraíso.

"A telefonia está péssima, o serviço das operadoras Vivo e Claro está muito ruim.” Ana Paula Silva, Alto do Mozer.

"Tenho chips da Claro e da Vivo. Aqui a telefonia móvel em geral não pega muito bem, tem dias que fica muito difícil para se comunicar.” Lucimar Teixeira, Alto do Mozer.

"Sou cliente da Claro há sete anos e nunca tive muitos problemas não. Já adquiri chip de outra operadora, mas nem sei o número direito. O da Claro continua sendo o meu principal. O 3G não é o melhor do mundo, mas funciona.” Amanda Velloso, 28 anos, assistente administrativo, Cordoeira.

"Ganhei um chip da Claro do meu patrão. Confesso que não uso muito, mas estou satisfeito dentro da minha realidade. Sou cliente da operadora há uns seis meses e a uso mais para receber ligações.” Victor Gomes, 23 anos, programador, Loteamento Jacina.

"Eu uso a Oi e  funciona muito bem. Utilizava a Vivo, mas com frequência ficava fora de área. Agora mudei para a Oi e estou muito satisfeito. Já tive todas as operadoras e a Oi me surpreendeu, pois todo mundo falava mal e para mim é a que tem melhor qualidade; fora a internet, que é perfeita. Já fiz até a minha mãe e meu irmão trocarem de operadora.”  Fabrício Machado, 32 anos, produtor de TV, Centro.

"Tenho Vivo e Oi. Acho ambas muito ruins, mas a Vivo é pior. Em lojas, galerias, nunca pega. Moro em Itaocara e no trajeto de lá aqui é muito difícil conseguir usar o telefone.” Paulo Henrique Pombel, 33 anos, representante Comercial, Itaocara.

"Tenho chip de duas operadoras, mas o da Oi é melhor. Sou cliente há oito anos, desde o meu primeiro celular. Nunca quis mudar de operadora, só adquiri um chip de outra porque tem lugares que não pega uma aí a outra pode salvar.” Tatiana Telles, 26 anos, secretária, Braunes.

"Gosto muito da Oi, sempre gostei. Tanto quando era pré-pago, quanto agora que é plano. Parece que os créditos rendem. Quando era da Vivo mal fazia a recarga e já tinha que colocar de novo e quando fiz o plano pós-pago tive tanto problema, ao ponto de entrar na Justiça. Já a Oi é outra história, são poucos lugares que não têm sinal também.” Caroline Guimarães, 28 anos, empresária, Bela Vista.

"Meu chip não funciona muito bem onde moro, mas na região central da cidade funciona bem. Na verdade, mantenho meu número nessa operadora porque tenho vantagens de associar o plano de telefonia móvel com o fixo.” Elisabete Mineiro, 58 anos, arquivista, Amparo. 

O advogado do Procon em Nova Friburgo, Julio Reis, afirma que, apesar de saberem da existência do problema e as operadoras estarem sempre no topo das reclamações, são poucas as pessoas que procuram o órgão em Nova Friburgo para se queixar especificamente da falha no serviço. "Nós sabemos que a falha existe e hoje em dia é um dos principais problemas das operadoras de telefonia celular. Essas empresas fornecem um serviço essencial, e a sua falha gera um dever de indenizar o cliente que for prejudicado. Mas é raro o consumidor nos procurar para reclamar da falha do serviço, problemas no sinal, etc. A maioria das pessoas que procuram o Procon para se queixar das operadoras é por causa de cobrança indevida”. De acordo com o advogado, a melhor maneira de solucionar o problema é através de uma ação coletiva, em que um grande número de consumidores reúna provas para que se instaure um inquérito contra essas empresas. "Primeiramente, o consumidor que se sentir lesado pode procurar o Procon para registrar a reclamação. Também é válido entrar em contato com a Anatel, para que esta possa tomar providências até no sentido de sancionar essas empresas, e enfim ligar para a própria operadora para relatar o problema. É muito importante reunir os protocolos da operadora, do Procon e o comprovante da Anatel, que servirão como provas de que o consumidor está sendo lesado. É preciso que uma grande quantidade de pessoas venha a procurar o Procon para mostrar que o problema é coletivo, não apenas deste ou daquele aparelho. Até por que, o interessante seria resolver o problema que está afetando a toda uma cidade, não um caso isolado ou outro, que poderá render ao consumidor, no máximo, uma pequena indenização.” 

Site da Anatel: www.anatel.gov.br

Procon: Avenida Alberto Braune 223 (Antiga Rodoviária Leopoldina)

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