Supercopa SAF: ex-Botafogo fala em “nova vida” e espera propostas aos 37 anos

Após contrato de Léo Rocha por sua atuação no Corujão, jogador também espera que competição o leve de volta ao mundo profissional
segunda-feira, 23 de maio de 2016
por Vinicius Gastin
Foco, força e fé: “focado apenas no futebol”, Junior ainda aguarda proposta do futebol profissional
Foco, força e fé: “focado apenas no futebol”, Junior ainda aguarda proposta do futebol profissional

A Supercopa SAF e o seu caráter... recuperador! Se Léo Rocha voltou a fazer sucesso no futebol profissional depois de conduzir o Corujão ao título, outro jogador, que desta vez defende o Vargem Alta, espera utilizar a competição como ponte para voltar a exercer a profissão. Mesmo que aos 37 anos de idade. Trata-se do zagueiro Júnior, que teve passagens, dentre outros clubes, pelo Botafogo.

De fato, iniciou a carreira na base do Friburguense, e depois do alvinegro carioca, tornou-se mais um exemplo de andarilho: jogou três anos e meio na Turquia, atuou na Romênia, retornou ao Brasil para jogar no Paysandu, Madureira e Boavista.

Contudo, foi nos Emirados Árabes que Júnior escreveu os capítulos mais vitoriosos da carreira: durante sete anos e meio, foi eleito o melhor jogador de uma das temporadas e sagrou-se campeão em duas oportunidades. “São coisas que marcam a carreira e a vida da gente. Ainda mais pelo fato de minha filha e minha família estarem lá, me acompanhando nesses momentos”, disse.

A carreira de Júnior foi marcada por momentos variados. Houve, inclusive, uma passagem em que se questionou o estilo de vida do zagueiro e as constantes aparições em festas em momentos inoportunos. Amadurecido, ele garante que mudou, respaldado pela religião.

No entanto, admite que a imagem do “antigo” Júnior ainda o persegue. “Infelizmente as pessoas ainda possuem aquela ideia do Júnior que bebia. Isso já não existe há algum tempo. Procurei a igreja, não bebo mais e meu foco é completamente para o futebol”, garante.

Jogar campeonatos amadores não é novidade para o atleta. Tanto que a experiência em competições desse tipo permite traçar um comparativo com o futebol profissional. “Todos os anos, praticamente, eu jogo um campeonato amador. A gente nunca sabe o que vai acontecer. No profissional, todos se conhecem, o que não acontece no amador. Há sempre uma surpresa”, acredita Júnior.

Pelo menos no primeiro duelo não houve tantas surpresas. Seguro, Júnior foi pouco exigido e ganhou a maioria das divididas. Cometeu algumas faltas, se arriscou ao ataque em algumas oportunidades e orientou os companheiros. Cumpriu a missão, mas já pensando na possibilidade de voltar a jogar profissionalmente depois da Supercopa.

“Estava parado, e recebi o convite para jogar a Supercopa. O pessoal do Vargem Alta sempre me chama, e dessa vez conseguimos encaixar. Espero que a gente faça uma boa campanha, e que eu possa superar as expectativas do pessoal que apostou em mim. Mas já estou em contato com alguns clubes para voltar a jogar”, revela, afirmando ter feito contato com Friburguense e Macaé.

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