Servidores do INSS voltam a trabalhar segunda-feira

Greve durou mais de dois meses em Nova Friburgo
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)

Depois de mais de dois meses de greve, os servidores da agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Nova Friburgo voltam a trabalhar nesta segunda-feira, 28. A paralisação, que aconteceu em âmbito nacional, reivindicava reajuste salarial de 27%, incorporação da gratificação de desempenho de atividade no salário, 30 horas de trabalho semanal para todos os funcionários, concurso público para ampliar o quadro de pessoal e melhoria das condições de trabalho.

A suspensão da greve seguiu a orientação da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), após reunião realizada em Brasília. Dentre as conquistas resultantes da greve estão a incorporação da GDASS (Gratificação de Desempenho da Atividade do Seguro Social);  reajuste salarial de 10,8%, sendo a primeira parcela paga em agosto de 2016  e a segunda em janeiro de 2017.  

De acordo com o sindicato da categoria no Estado do Rio de Janeiro, a previsão é de que o atendimento seja normalizado em 30 dias. A reposição de atendimentos que ficaram pendentes durante a greve deve ser planejada com as gerências das agências. Ainda segundo o sindicato, cerca de 25 milhões de segurados da Previdência Social não conseguiram atendimento desde o início da greve nacional, em 7 de julho deste ano.

Greve nos Correios

No último dia 15, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect) também iniciou greve no setor. Apesar de o Rio de Janeiro ter sido um dos estados a aderir à paralisação, as agências de Nova Friburgo continuam funcionando normalmente. Isso porque os trabalhadores dos Correios no município aceitaram as propostas que foram feitas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Entre as principais reivindicações estão a reposição da inflação (estimada em 9%) mais aumento real de 10%; realização de concurso público e contratação de mais funcionários; reajuste no vale-refeição e vale-cesta básica; aumento de 15 para 25% para o adicional do trabalho nos fins de semana; cálculo para o pagamento das horas-extras e adicional noturno sobre o salário bruto; entre outros.

A proposta do TST apresentada na audiência de conciliação realizada entre o vice-presidente do órgão, ministro Ives Gandra Martins Filho, e representantes trabalhistas o TST, prevê R$ 200 de aumento linear para todos os trabalhadores, em forma de gratificação, a ser paga da seguinte forma: R$ 150 a partir de agosto de 2015 e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, com incorporação de 25% dos R$ 200 em agosto de 2016; reajuste de 9,56% nos benefícios vale-cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio-creche/babá a partir de agosto de 2015; incorporação de R$ 150 da gratificação de incentivo à produtividade, que segundo os Correios já está sendo paga desde o ano passado, sendo R$ 100 em janeiro de 2016 e R$ 50 em maio e a manutenção do plano de saúde.

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