Sérgio Mallandro é muito mais que “glu glu” e “ié ié”

“Mallandramente” já rodou o Brasil inteiro e chega em Nova Friburgo em 8 de junho
terça-feira, 30 de maio de 2017
por Guilherme Alt
Serginho Mallandro: sucesso com novo espetáculo que vem a Friburgo dia 8 (Foto: Divulgação)
Serginho Mallandro: sucesso com novo espetáculo que vem a Friburgo dia 8 (Foto: Divulgação)

Um dos ícones da TV brasileira está de volta a Nova Friburgo. Assistido por milhares de pessoas nas décadas de 1980 e 1990, Sérgio Mallandro, que apresenta hoje o “Papo de Mallandro” no canal por assinatura Multishow, traz para a cidade seu mais novo espetáculo, “Mallandramente”. O apresentador, ator e humorista conversou com A VOZ DA SERRA sobre seu show e diversos assuntos, num papo super descontraído que pode servir como uma prévia do que o artista promete para o público de Nova Friburgo no mês que vem.

O show vai acontecer no Teatro Municipal Laercio Ventura. Para comprar antecipadamente os ingressos, basta ir às lojas True Man do Friburgo Shopping, Opera Z do Cadima e Teia de Eventos (Rua Pastor Meyer, 4, Paissandu). Para quem levar o recorte do jornal ou print com esta entrevista de A VOZ DA SERRA com Sérgio Mallandro, paga meia entrada. Os ingressos custam R$ 80 inteira e R$ 40 a meia entrada.

- Há quanto tempo você faz o stand up?

Estou com esse show há uns sete anos, mas ele nunca é igual. Ao longo desse tempo eu venho mudando as histórias, atualizando-as. Tem histórias com a Xuxa, com Silvio Santos, Jorge Ben Jor, Faustão, Zico, Jô Soares, minhas ex-esposas. As pessoas riem demais.

- O que você mais ouve das pessoas após o show?

As pessoas acham que Sérgio Mallandro é só “glu-glu” e “ié-ié”, mas depois que assistem ao show, me falam que saem com a barriga doendo de tanto rir. Elas ficam surpreendidas com o espetáculo.

- Já veio para Friburgo?

Em dois momentos. Antes daquela tragédia e depois. Eu fiquei impressionado com a recuperação da cidade e do povo. Eu tenho muito carinho por Friburgo e pelo friburguense. É um lugar maravilhoso, um clima muito gostoso.

- Já fez “salci fufu” em Friburgo?

Já fiz “salci fufu”, “bilu tetéia”, “farafafá”...

- Alguma vez já passou sufoco, precisou de ajuda e alguém não te levou a sério, achando que era uma pegadinha?

Muitas. Se tem um lugar que eu não posso ir é em velório. Teve uma vez que eu cheguei perto do caixão, fiquei ao lado de uma pessoa e quando ela levantou o rosto e me viu começou a fazer o gesto de “glu glu” com a mão. Outra vez eu entrei num elevador, aí o ascensorista olhou pra mim, me reconheceu, e disse “rá”, apertou todos os botões e gritou “Pegadinha do Mallandro”. Eu ia para o 15º andar, levei meia hora pra chegar lá.

- E você estava com hora marcada?

- Eu tinha uma reunião às 7h30, bicho. Mas tem que levar na brincadeira.

- Se você tivesse que encarar a porta dos desesperados, você escolheria a porta 1, 2 ou 3?

Escolheria a porta número dois.

- Tem certeza?

Tenho certeza. Quer dizer, não tenho muito, não. Mas se tenho que escolher uma, escolho a porta 2.

- E se sair um monstro?

Se tiver um monstro eu corro.

- Quer trocar essa porta pelo pagamento de um boleto bancário à sua escolha?

Eu continuo com a porta de número 2, acho que vai ser um prêmio melhor.

-Que pena, são dois boletos pra você pagar. Minhas contas de luz e água.

Vou ter que deixar de lado isso, aí. Cancela a porta dos desesperados, “rá”!

- Você é ícone de uma geração que hoje está na casa dos 40 anos, mas também é muito conhecido e adorado por um público mais jovem, inclusive infantil, que nunca viu seu programa. Como você chegou até esse público?

A galera de 20 e poucos anos está ligada no meu programa no Multishow, então elas conhecem o Serginho Mallandro atual. O que eu não entendo é como as crianças de 7, 8 anos me conhecem. Porque o meu programa atual não é pra criancinha, é para a garotada. Mas algumas chegam sempre falando “ié ié” “glu glu” e eu fico feliz e rio bastante.

- Há quase sete anos, quando me formei na faculdade, entrei em contato com seu filho porque tive a ideia de você ser o nosso patrono (em vista da recusa de William Bonner e Caco Barcellos, entre outros). Você prontamente aceitou e ainda iria sortear convites para o stand up. Meus colegas não quiseram. Pode mandar uma mensagem pra eles dizendo o que eles perderam?

Eles perderam um “glu glu” e “ié ié” (risos). Brincadeiras à parte, espero que todos tenham se tornado grandes profissionais. Já fui patrono de muitas faculdades pelo Brasil e teria sido uma satisfação ser da sua turma. Mas eles não perderam nada, rá!

- O que faz mais sentido pra você: “Jacarezinho, avião, cuidado com o disco voador, tira essa escada daí” ou “bilu, bilu, bilu, bilu tetéia”?

Bilu Tetéia. Eu até falo isso no meu show. Ben Jor fez uma música que ninguém entende. E eu disse isso a ele. Até me identifiquei porque as pessoas não me entendem, também com o “Vem meu amor, vem meu chuchu, Vem bem pertinho fazer glu glu. Glu glu para mim, glu glu para tu, vem meu amor, I love you, take it easy girl”. A escada do Bem Jor até hoje eu pergunto pra ele o que ela estava fazendo ali. Mas o Djavan é mais complicado ainda, rá!

- Eu já me fantasiei de Sérgio Mallandro duas vezes e confesso, fiz sucesso com as mulheres. Pouco, mas fiz. Atualmente estou solteiro. Devo andar com a fantasia todos os dias?

Deve sim. Pode botar o chapéu de hélice e as roupas que a mulherada vai pra cima de você. Elas vão subir na tua hélice, vão rodar. A sua vida muda, cara. A cabeça vai ficar mais clara. Faz um “rá”, faz um “Ié ié” pro planeta, suas ideias vão ser bem melhores. Vai na minha que tu vai se dar bem!

- No filme “Lua de cristal” você entrou no Túnel Rebouças, montado em uma mobilete, e saiu do túnel em um cavalo branco. Me ensina a fazer isso também?

Tem que ter o poder, né? Quando você virar príncipe você vai entender. Vai precisar do cavalo branco, um terno bem cortado. Essa ideia do diretor do filme foi bem legal. Entrar no túnel com uma lambreta e sair de lá montado num cavalo branco. O Príncipe da Xuxa, rá!

- Alguma mulher já reclamou da “Pegadinha do Mallandro”?

Não! Sérgio Mallandro tem quatro pegadinhas que vão no ponto forte. É no calcanhar, é no cotovelo, orelhinha, pescocinho, tudo no padrão Serginho Mallandro.

- Todo dia é dia de “salci fufu”?

Todo dia é dia. “Salci fufu” e “bilu tetéia”. Tem que ser todo dia e, às vezes, duas vezes por dia.

- Poderia mandar uma mensagem aos friburguenses?

Se você quer rir, mas rir de verdade, venha no meu show.  É uma coisa gostosa, leve. Venha preparado para dar risada, você vai sair do show uma outra pessoa. Rir cura doenças, é um remédio. Então venham ver o Sérgio Mallandro. Espero todos os friburguenses dia 8. Estão todos convidados.

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TAGS: Teatro | humor | comédia
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