Sanatório Naval chega aos 107 anos e rememora história

Monumento “O bonde do Barão” foi inaugurado durante comemoração do aniversário da organização
sábado, 01 de julho de 2017
por Alerrandre Barros
A celebração no Sanatório Naval (Foto: Leo Arturius)
A celebração no Sanatório Naval (Foto: Leo Arturius)

O pequeno trecho de um trilho está exposto no pátio do Sanatório Naval de Nova Friburgo, desde a última sexta-feira, 30, quando a organização militar comemorou seus 107 anos de fundação. O novo monumento histórico relembra o bonde puxado por burros que, no século 19, fazia o transporte de militares e doentes para a única unidade da Marinha do Brasil fora da Região Litorânea.  

O historiador Carlos Jayme Jaccoud conta que a linha de bondes foi construída em 1870 pelo Barão de São Clemente, filho do Barão de Nova Friburgo, para escoar a produção agrícola da fazenda da família no Cônego. Quando o Pavilhão de Caça do clã foi edificado, onde hoje funciona o Sanatório Naval, um desvio da linha do bondinho foi levado até o local. Surgiu assim o charmoso bondinho que conduzia que entrava e saía do sanatório.

“De maneira muito humilde, mas muito respeitosa inauguramos esse monumento em referência a história centenária desta organização militar. Agradeço a presença de todos os amigos e, em especial, a minha tripulação por tudo o que tem feito pelo sanatório”, disse o diretor do Sanatório Naval, capitão-de-fragata José Roberto Gomes Corrêa Macedo.

A solenidade começou com um culto cristão, por volta das 10h, no auditório do prédio principal e contou com a presença de oficiais da Marinha, o prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo, o presidente da Câmara Municipal, Alexandre Cruz, personalidades da sociedade civil friburguense, familiares e amigos da comunidade naval. Na sequência houve a inauguração do monumento com a execução do Hino Nacional e, depois, um almoço de confraternização na Casa do Marinheiro.

Mais história

O Sanatório Naval foi fundado em 30 de junho de 1910, em Nova Friburgo, devido à temperatura amena e a qualidade da água que tornavam a cidade ideal para a instalação de unidade para abrigar marujos portadores de beribéri e tuberculose. A compra da propriedade do Barão de Nova Friburgo contou com apoio do presidente Nilo Peçanha, que participou da inauguração. Na Primeira Guerra Mundial, o local foi usado como prisão de marinheiros alemães. As instalações são preservadas até hoje.

 

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