Reforma necessária

sábado, 03 de março de 2018
por Jornal A Voz da Serra

APESAR do baixo crescimento da economia, a arrecadação tributária continua se sustentando - embora num ritmo mais lento. Na avaliação de economistas, o grande problema é que as despesas caminham num ritmo mais rápido e os resultados das contas públicas têm sido decepcionantes. A má notícia é acompanhada de outra: dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que 36% do total produzido no país nos primeiros seis meses do ano foram pagos em impostos.

A ELEVADA carga tributária nacional faz vítimas em todas as classes sociais do Brasil. Uma simples conta de luz vem repleta de tributos e impostos que aumentam em mais de um terço o valor pago efetivamente pelo consumo. Existem casos piores, principalmente para as bebidas que cobram até 81,8% de imposto, ou o fumante, que deixa 80,4% para o Leão, ou o viciado em videogames, que desembolsa 72,1% para o governo. Isto sem falar no chamado Custo Brasil.

A TÃO sonhada reforma tributária – prometida pelo presidente Michel Temer  - ainda não conseguiu sair do papel e a conclusão é drástica: o ano vai-se embora e até o momento a proposta não apareceu na pauta de discussão do Congresso.  Enquanto não sai, estados e municípios ficam impossibilitados de empreender as reformas nas suas respectivas bases. No caso de Nova Friburgo o dilema é o mesmo.

AS MÚLTIPLAS facetas da economia friburguense, com forte vocação industrial, exigem dos poderes públicos medidas que possam dar continuidade a esse o processo histórico de formação econômica, ampliando o parque industrial e, conseqüentemente, gerando novos empregos. O crescimento das exportações friburguenses e a consolidação das indústrias metal mecânicas e de moda íntima são fortes indicadores para a ampliação de políticas de incentivo e promoção.

A REFORMA desejada pelas classes produtivas - e também pela sociedade - precisa ser agilizada rapidamente em nome do crescimento nacional. Caso contrário, o país ficará refém de suas políticas econômicas muitas vezes desastradas e impede que a sociedade consiga avançar. A reforma não é necessária. É vital para o Brasil.

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