Projeto de reconstrução de área afetada pela tragédia é premiado no Rio

Friburguense de 24 anos foi agraciado com menção honrosa na categoria Arquitetura de Edificações no 32º Prêmio Arquiteto do Amanhã
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Projeto de reconstrução de área afetada pela tragédia é premiado no Rio

Em dezembro de 2015, o Instituto de Arquitetos do Brasil – núcleo Rio de Janeiro - anunciou os vencedores do 32º Prêmio Arquiteto do Amanhã. A premiação busca divulgar trabalhos acadêmicos produzidos nos cursos de arquitetura e urbanismo do estado do Rio. Na ocasião, André Suarez, friburguense de 24 anos e arquiteto recém-formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), foi agraciado com menção honrosa na categoria Arquitetura de Edificações por seu projeto final de graduação, orientado pelo professor Wagner Rufino

No projeto, intitulado “Eco: Espaço do Conhecimento”, o arquiteto sugere uma solução para a área na esquina da Rua Luis Spinelli com a Rua Augusto Spinelli, que abrange três terrenos duramente afetados por um deslizamento de terra. André propõe que se construa no espaço as novas sedes da biblioteca municipal e do Centro de Documentação D. João VI, instituição que preserva o patrimônio histórico e cultural da cidade em um acervo arquivístico, um memorial em homenagem às vítimas da catástrofe e, por fim, residências estudantis, afim de suprir a demanda de habitações sociais para a comunidade acadêmica da cidade, que André considera ter “um perfil educacional e com grande potencial em comunicação”.  

“No documentário A Doutrina do Choque, a autora Naomi Klein disse algo que me marcou: num momento de choque, de incertezas, de tragédias, em que nós perdemos nossa narrativa, nossa orientação é a nossa própria história que pode nos trazer de volta a um ponto seguro. Pensar nas origens auxilia no processo de continuidade, de reerguer-se. É isso que o projeto simboliza: a volta do friburguense para o centro da cidade, para as montanhas, as praças. Nada na cidade merece ser cartão-postal só da dor”, defende o jovem, que ainda finaliza: “Como arquiteto e urbanista, eu jamais poderia deixar de pensar em minha cidade e ficar de mãos atadas. Por isso se chama Eco: para ecoar e contagiar”, sustenta ele.

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TAGS: Arquitetura | pós-tragédia
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