Procura por peixe deve ser bem menor do que no ano passado

Comerciante espera aumento de 15%, contra os 40% registrados na Páscoa de 2017
quinta-feira, 29 de março de 2018
por Dayane Emrich (dayane@avozdaserra.com.br)
Apesar da procura ter aumentado, comerciantes acreditam que consumidores devem deixar para ir às compras na última hora (Foto: Henrique Pinheiro)
Apesar da procura ter aumentado, comerciantes acreditam que consumidores devem deixar para ir às compras na última hora (Foto: Henrique Pinheiro)

Todos os anos a venda de pescado tem crescimento expressivo nas semanas que antecedem a Páscoa. O motivo é que no período, conhecido como quaresma para os católicos, é comum não consumir carne vermelha. Por conta disso, as peixarias de Nova Friburgo já registram aumento no número de consumidores, mas a expectativa é que as vendas sejam expressivas nesta quinta-feira, 29, véspera da Sexta-Feira da Paixão, onde o peixe está presente na maioria dos almoços das famílias.

De acordo com a gerente de uma peixaria no centro da cidade, Lania de Souza Marreto, não importa a data comemorativa: Dia das mães, dos pais, dos namorados, Natal ou Páscoa. Os consumidores sempre deixam para última hora. “Não estamos muito otimistas com as vendas desse ano. O movimento teve um aumento, mas nada considerável. O crescimento maior deve acontecer nesta quinta-feira mesmo”, disse ela, explicando que neste dia o movimento costuma ser tão grande que costuma haver até fila na loja.

Ainda segundo Lania, cerca de 12 toneladas de peixes devem chegar à mesa dos friburguenses neste feriado. Entre as espécies mais procuradas estão a  corvina, sardinha, cavalinha e o tira-vira, que custam em média de R$ 14,95, o quilo. O bacalhau, tradicionalíssimo, também está entre os mais vendidos, com preços a partir de R$ 39,90.

A empresária diz que apesar de esperar um aumento de 15% nas vendas, esse índice ficará bem abaixo do registrado no ano passado, quando o crescimento foi de 40%. “A data que a Semana Santa caiu neste ano é ruim. É final do mês e muitas pessoas já estão com pouco dinheiro e isso atrapalha. Além do fato de que ainda vivemos reflexos da crise econômica", observou a comerciante.

Apesar do orçamento apertado, a aposentada Fátima Araújo dos Santos, de 76 anos, é uma das que não abre mão do peixe na sexta-feira santa. Para ela, a iguaria é como o peru para a ceia de Natal: não pode faltar. “Na minha família somos católicos e seguimos a tradição de comer apenas carne de peixe durante a Semana Santa. Cada ano a gente inventa uma receita para o almoço. O importante é nos reunirmos e celebrar a ressurreição de Cristo”, disse ela. 

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