A Prefeitura de Nova Friburgo vai realizar um processo seletivo simplificado para contratar funcionários temporários para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do município. Na manhã desta quinta-feira, 1º, o atendimento voltou ao normal nas unidades depois que funcionários realizaram, no dia anterior, uma paralisação de 24 horas em protesto contra a falta de repasses de verbas.
“O atraso impede que ofereçamos alimentação diária (café da manhã, almoço e lanche) aos pacientes durante o tratamento terapêutico, conforme determina a lei. Falta também um carro para atendimento a pacientes em domicílio”, disse um funcionário na ocasião.
O Caps II funciona na Avenida Comte Bittencourt, no Centro, e realiza cerca de 100 atendimentos por dia. Integrantes da equipe que trabalha no local cruzaram os braços e afixaram cartazes na grade da unidade. Eles afirmaram que as oficinas terapêuticas são prejudicadas por causa da falta de material, doado muitas vezes por familiares e amigos dos pacientes.
Além disso, funcionários relataram o péssimo estado de conservação do casarão. Falta água, os banheiros não funcionam direito, o reboco do teto está caindo, há esgoto com mau cheiro e as janelas e trancas das portas não oferecem segurança, além de faltar mesas e cadeiras. O local já foi alvo de um furto este ano.
Ao todo, cerca de 40 profissionais atuam nos Caps I, Caps II e Caps Álcool e Drogas da cidade e nos ambulatórios e equipes de saúde mental do Hospital Municipal Raul Sertã.
Em nota, a Prefeitura de Nova Friburgo informou que foi feita licitação para alimentos estocáveis e o empenho sairia nesta quinta-feira, 1º. Quanto as carnes e hortifrutis, foi feita uma licitação que não atraiu nenhum interessado. O processo licitatório foi remarcado para os próximos dias 5 e 6.
Já sobre a falta de materiais para as oficinas, a Secretaria Municipal de Saúde informou que já iniciou processo licitatório para a compra dos materiais. Com relação a falta de carro para atendimento fora das unidades, o município disse que está propondo o aluguel de veículos até que seja feita a restauração ou troca da frota de veículos herdada do governo passado.
O governo disse ainda que com exceção do Caps II, que recebe um repasse de R$ 88 mil do Ministério da Saúde, os demais, Caps I e Caps AD, ambos criados no governo passado, nunca receberam nenhum repasse porque não possuem a equipe mínima necessária.
“Por isso, nesta semana será lançado um processo seletivo simplificado, autorizado pelo Ministério Público, para a contratação temporária de profissionais para atender aos Caps, até que seja realizado concurso público para contemplar as vagas”, diz a nota, que não detalhou, porém, quantas vagas serão oferecidas.
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