Conhecido como a locomotiva da campanha eleitoral de 2008, que o reconduziu ao quarto mandato de prefeito, Heródoto Bento de Mello (PSC) apresentou na manhã de ontem, terça-feira, o novo projeto técnico do trem do futuro, agora readaptado para o modelo veículo leve sobre trilhos (VLT) elétrico, segundo ele, muito comum em cidades francesas. A maquete do VLT será exposta dentro de dois meses para visitação pública. Na solenidade no Salão Azul da Prefeitura, diante de um público formado por secretários e assessores, empresários e outros convidados, Heródoto também anunciou que está remetendo imediatamente para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) o edital de concorrência, para análise dos desembargadores do órgão e, assim que receber sinal verde, vai publicá-lo oficialmente para os interessados na licitação.
“Estamos sendo alvos de zombarias”, disse, referindo-se aos críticos, “mas este projeto (VLT) é notável para Nova Friburgo. Estamos lançando o município para o século XXI com um projeto moderno e eficiente. O VLT é um ideal, um sonho, e vamos realizá-lo”, destacou em seu discurso, acrescentando que sua proposta não é pessoal e nem política, “mas uma ferramenta para o desenvolvimento de Nova Friburgo”.
O prefeito explicou que a ideia inicial “era fazer o trem à beira do rio, entre Conselheiro Paulino e Olaria”, mas que o projeto técnico foi readaptado para um modelo mais versátil, do VLT elétrico, que terá maior abrangência no atendimento à população na questão do transporte público e, por ser mais dinâmico, trará soluções, e não problemas, para o dia a dia do friburguense. “Não há mistério. O VLT será um ente da cidade e terá convivência normal com os demais veículos e pedestres”, acentuou, explicando que os modelos dos veículos serão parecidos com os antigos bondes, “porém, mais elegantes, modernos e eficientes”, frisou.
Heródoto disse que a estimativa do custo para a implantação do projeto metroviário de Nova Friburgo é de R$ 163 milhões e poderá contar com recursos do BNDES e também da Agência Francesa de Desenvolvimento que, segundo ele, “costuma oferecer ajuda a fundo perdido para iniciativas que defendam o meio ambiente”. Otimista, ressaltou: “Vamos tentar o que é possível. O VLT é possível”, repetiu em seu discurso, pedindo que todos se engajem à viabilização do projeto metroviário. “Somos o único município do país que está discutindo a implantação deste sistema. Tenho convicção de que ele (VLT) é possível e que irá trazer o desenvolvimento para o município, sem agredir o meio ambiente”, afirmou.
Durante a apresentação técnica do projeto, o prefeito explicou que o sistema VLT será dividido em seis linhas interligadas – a primeira será tronco das outras cinco, entre o Suspiro e o Paissandu. Segundo Heródoto, o VLT funcionará integrado aos ônibus urbanos, com tarifa única. Os veículos poderão, no primeiro momento, atender a 4,2 mil passageiros/hora. O prazo estimado para a implantação da primeira etapa do sistema metroviário, segundo o edital, é de 22 a 24 meses.
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