Pós-Natal: comerciantes investem em promoções para melhorar vendas

Descontos nos estabelecimentos de Nova Friburgo podem ser superiores aos 30%
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
De R$ 10,98 por R$ 6,89: preço do peru registra queda de 37% apenas 5 dias após o Natal; outros produtos típicos da época também estão mais baratos (Foto: Karine Knust)
De R$ 10,98 por R$ 6,89: preço do peru registra queda de 37% apenas 5 dias após o Natal; outros produtos típicos da época também estão mais baratos (Foto: Karine Knust)

Se antes do Natal muitas pessoas reclamavam do preço de produtos tradicionais para a ceia, como o chester e o peru, agora, já é possível adquirir esses mesmos alimentos por preços mais acessíveis. Com a queda nas vendas em relação ao último ano, estabelecimentos estão fazendo saldão de mercadorias. Alguns descontos chegam a ser superiores aos 30%. 

Em um supermercado no centro da cidade, por exemplo, o quilo do peru passou de R$ 13,88 para R$ 10,98 no início da semana e, agora, pode ser comprado por R$ 6,89. Se comparado ao último valor praticado pelo estabelecimento, o mesmo peru está com um desconto de pouco mais de 37%. No caso do chester, o valor passou de R$ 9,98 o quilo para R$ 7,98, um desconto menor do que o primeiro item, mas que já dá para dar uma aliviada no bolso do consumidor. Para quem prefere comprar a ave desossada, ainda há uma pequena redução no valor, que saiu de R$ 27,60 para R$ 24,98 o quilo. 

Quando o assunto é chocotone e panetone, a diminuição nos valores chega a mais de 20%. No caso do chocotone Bauducco, por exemplo, o preço saiu de R$ 14,99 para R$ 10,99. A costureira Marlene de Oliveira é uma das consumidoras que vai aproveitar os descontos pós-Natal. “Minha família é muito grande e, por isso, é difícil reunir todos para a ceia de Natal. Como não deu para nos encontrarmos no dia 24 vamos fazer um Natal fora de época. Além de reunir todo mundo, a gente compra mais barato e ainda faz um almoço com direito a chester, peru, panetone e rabanada”, conta ela. 

Na contramão dos dados apresentados pela CDL e o Sincomércio nesta semana, que registraram queda no número de vendas em relação ao ano passado, o gerente de outro supermercado, também no centro da cidade, afirma não ter mais produtos natalinos para colocar em promoção. “Temos feito nossos descontos rotineiros, mas não de alimentos para a ceia de Natal. Nosso estoque acabou no fim de semana”, afirma ele. 

Assim como em alguns estabelecimentos que vendem produtos alimentícios, diversas lojas da cidade também têm divulgado promoções. Na Avenida Alberto Braune, vários comerciantes fixaram cartazes nas vitrines para chamar a atenção da clientela. Dentre os produtos com desconto estão televisores, eletrônicos em geral, roupas, calçados, eletrodomésticos e móveis. Quem deixou para comprar preços melhores fora da semana de Natal garantiu boas aquisições. 

“Tudo que a gente vai comprar nessas datas comemorativas fica mais caro. Lá em casa eu conversei com a família e expliquei que os presentes iam chegar depois do Papai Noel. Com uma crise dessas e a incerteza de como vai ficar o ano que vem não dá para comprar coisas caras”, afirma Lúcia Soares. No caso de Carla Mendes, a procura por um presente de Natal após a data aconteceu por outro motivo: “Tem feito muito calor nos últimos dias e as ruas ficam lotadas demais na semana do Natal. Prefiro vir depois e comprar tudo com calma. Não sou mais criança para ganhar presente do Papai Noel”, afirma ela, aos risos, acrescentando que “meu marido queria que eu fosse à rua com ele no dia 23 para escolher o que eu queria, mas eu insisti para deixar para essa semana de Ano-Novo porque a rua fica ótima. Não tem quase ninguém e, claro, as vezes dá para garantir um precinho melhor”. 

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TAGS: comércio | economia
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