Pontos de ônibus são reativados antes do término das reformas

Secretário de Ordem e Mobilidade Urbana fala sobre a medida e seus objetivos
quarta-feira, 27 de abril de 2016
por Flávia Namen
Apesar das obras, coletivos voltaram a parar para embarque e desembarque de passageiros no local (Foto: Lúcio Cesar Pereira)
Apesar das obras, coletivos voltaram a parar para embarque e desembarque de passageiros no local (Foto: Lúcio Cesar Pereira)

A recente desativação de alguns pontos de ônibus de Nova Friburgo provocou transtornos a passageiros de diversos bairros, foi alvo de muitas críticas, e acabou durando pouco. A redação de A VOZ DA SERRA recebeu uma série de reclamações sobre a medida, implantada na Avenida Comte Bittencourt, no Centro, e nos pontos localizados em frente ao shopping Roseiral e no escadão das casas populares, no bairro Olaria. As queixas que chegaram ao jornal via telefone, e-mail e WhatsApp expressavam o descontentamento com mais uma dificuldade imposta a quem utiliza diariamente os serviços de transporte coletivo na cidade. 

A maioria das críticas foi quanto a desativação do ponto situado em frente ao número 60 da Avenida Comte Bittencourt. Em mensagem enviada ao jornal na terça-feira, 26, a leitora Ilma Santos, do Centro Cultural Afro-Brasileiro Ysun Okê, destacou que a parada atendia “aos comerciários, aos alunos do Senai e do Colégio Estadual Jamil El-Jaick, às mães que trabalham no Centro e deixam seus filhos nas creches do entorno e aos idosos que vão ao atendimento da Unimed e a outros estabelecimentos próximos”.

A exemplo de Ilma, outros leitores também criticaram a desativação dos pontos e a falta de uma ampla divulgação prévia da medida à população. Houve também quem questionasse o comunicado afixado nos locais sobre a realização de reformas. Isso porque até o final da tarde de terça-feira nenhum operário foi visto trabalhando nos local. Em vez disso, o trecho estava ocupado por um carro estacionado irregularmente.

A polêmica da desativação dos pontos, no entanto, teve fim na manhã desta quarta-feira, 27, quando os coletivos voltaram a parar para embarque e desembarque de passageiros na Avenida Júlio Antônio Thurler, em frente ao Shopping Roseiral e na Comte Bittencourt, onde operários iniciaram as instalações do novo abrigo com estrutura de madeira e telhas de fibra.

Ao contrário do anunciado inicialmente pela Prefeitura, os pontos foram reativados antes do término das reformas, o que acabou confundindo muitos passageiros. “Desembarquei na Praça Dermeval e fui caminhando para meu trabalho. Só depois soube que o ponto estava funcionando novamente”, disse uma leitora que ligou para o jornal para comentar o fato e não quis se identificar. 

Secretário de Ordem e Mobilidade Urbana fala sobre a medida e seus objetivos

A VOZ DA SERRA: Qual foi a intenção da secretaria ao retirar os três pontos de ônibus?
Haroldo Pereira - São três situações diferentes. O ponto de ônibus da Avenida Comte Bittencourt foi retirado para reforma. Como ele tinha cobertura e o abrigo foi retirado para  reforma, não queríamos deixar os usuários ao relento. Então, durante esse período, a população tinha a opção de embarcar ou desembarcar no ponto próximo ao edifício Itália (Avenida Padre Roberto Sabóia de Medeiros), ou no ponto da antiga casa Miele (Avenida José Ruiz Boléia), ambos com coberturas de telhas. Infelizmente isso acabou sendo mal interpretado. A empresa Faol também deveria ter colocado o aviso com mais antecedência, porque ela foi avisada um mês antes.

E qual a situação dos outros pontos?
Quanto ao ponto em frente ao Roseiral, a intenção realmente era a de que fosse retirado, uma vez que já há um ponto com cobertura na Praça 1º de Maio, e outro em frente à Rua Ary Parreiras. Mas o prefeito Rogério Cabral tem razão ao argumentar que primeiro nós deveríamos ter feito a cobertura do ponto na Rua Ary Parreiras, para depois retirar o ponto do Roseiral.

Então esse ponto ainda será retirado?
Isso é algo que ainda será melhor estudado.

E quanto ao ponto próximo ao escadão?
O ponto próximo à Torrington e ao escadão das casas populares é realmente desnecessário e atrapalha o trânsito, uma vez que a cerca de 60 metros dele existe um ponto com cobertura, em frente à Rua Minas Gerais. Inclusive o ponto do escadão atrapalha os caminhões que fazem carga e descarga. Esse ponto não será utilizado por enquanto.

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TAGS: ônibus municipais
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