Ônibus intermunicipais deixarão de circular no Centro

Não bastasse as dificuldades enfrentadas diariamente pelos usuários de transporte coletivo, uma nova determinação promete causar ainda mais transtornos a quem recorre ao serviço dos ônibus intermunicipais. De acordo com a medida, a partir da próxima segunda-feira, 18, os ônibus das empresas 1001, Viação Brasil, Viação Carmense, Teresópolis e cooperativas de van estarão proibidos de embarcar e desembarcar passageiros no centro de Nova Friburgo, devendo estes serem feitos apenas nas rodoviárias Norte e Sul. 

O objetivo da ação é desafogar o trânsito no Paissandu e em outros pontos de retenção de veículos no Centro. Segundo a Prefeitura, a determinação partiu do Ministério Público.

Para Lucas Silva, estudante, 24, a medida pesará ainda mais no bolso. “Moro em Bom Jardim e estagio aqui em Nova Friburgo. Vou ter que pagar R$5,70 para ir até Duas Pedras e depois mais R$ 3,30 para o Centro. Serão R$ 18 por dia só de passagem. É complicado”, disse ele.

Muitos moradores de municípios vizinhos e que trabalham em Nova Friburgo também estão preocupados. A maioria teme ser demitida, já que os empregadores terão que arcar com o aumento de mais duas passagens diárias.

A reportagem de A Voz da Serra entrou em contato com a prefeitura para esclarecer os motivos da decisão. Em nota, a Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana informou que, “a lei que proíbe a circulação de ônibus intermunicipais no Centro de Nova Friburgo – mais precisamente, proíbe que eles façam embarque e desembarque de passageiros sem que seja nos terminais Norte e Sul – existe desde a criação dos terminais. Até então havia um acordo entre as municipalidades para que os trabalhadores e moradores de municípios vizinhos não fossem prejudicados arcando com mais uma passagem. Porém, o Ministério Público determinou que a lei fosse cumprida. Tendo a determinação em mãos, a Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana comunicou às empresas que fazem o transporte e deu o prazo, que se encerra no dia 18 de maio, para que se adequassem à determinação do MP”.