Continua atrasada a conclusão das obras de contenção de uma encosta às margens do Rio Santo Antônio, na Avenida Campesina Friburguense, no Bairro Ypu. Os serviços deveriam ter sido entregues há alguns meses, mas, por causa do atraso nos repasses de verbas do governo estadual, as obras continuam paradas e já completaram um ano desde que os serviços começaram a ser realizados em Nova Friburgo. O problema está afetando também a entrega dos banheiros construídos sob o Viaduto Geremias de Mattos Fontes.
As obras na Avenida Campesina são fundamentais para evitar o desabamento do trecho de acesso à Rua Coronel Zamith. Em 2007, o Rio Santo Antônio inundou e desmoronou parte da encosta, que abriu uma cratera atrás da Paróquia de São Bento Abade. Os serviços começaram a ser realizados sete anos depois, no segundo semestre do ano passado, pela empreiteira carioca Engrest Engenharia. Há algumas semanas, operários foram vistos trabalhando na obra, mas, nesta quinta-feira, 1º, não havia ninguém no canteiro. O alicerce de concreto que dará suporte ao muro ciclópico, uma construção feita com pedras grandes, já está aparentemente pronto.
O mesmo serviço também deve ser executado pela empreiteira no final da Rua Luiza Carpenter, no Paissandu. A via, que termina às margens do Rio Cônego, também foi afetada pelas chuvas de 2007. Lá, as obras também estão paradas, e as placas com informações sobre a execução dos serviços de contenção continuam no local. As duas obras na Avenida Campesina e na Rua Luiza Carpenter foram orçadas em quase R$ 633 mil e são custeadas com recursos do governo estadual (95%) e da Prefeitura de Nova Friburgo (5%), por meio do programa “Somando Forças”, uma parceria entre os governos para financiamento de obras.
Banheiros públicos estão quase prontos
Por outro lado, a obra de construção dos banheiros masculinos, femininos e para portadores de necessidades especiais na Avenida Campesina está quase pronta. O projeto é uma antiga demanda dos comerciantes que trabalham na tradicional feira livre que funciona aos sábados no local e também dos motoristas de um ponto base de caminhões a frete nas imediações. Os banheiros começaram a ser construídos no final do ano passado pela Dias e Pereira Construções, uma empresa com sede em Olaria. Apesar dos atrasos, agora só falta instalação dos vasos sanitários e das pias nos locais. A obra custou aos cofres públicos cerca de R$ 42 mil.
A Secretaria Municipal de Obras informou nesta quinta-feira, 1º, que não há previsão para reinício e término da obra na Avenida Campesina, pois a intervenção está sendo realizada através do governo do estado. “A expectativa é que o governo estadual faça o repasse o quanto antes para que a obra seja reiniciada rapidamente. Com relação ao banheiro, a Secretaria de Obras disse que está esperando a conclusão da obra para poder colocá-lo em funcionamento com a devida segurança para evitar roubos e oferecer conforto aos usuários”, informou a Prefeitura de Nova Friburgo.
A Secretaria Estadual de Obras não explicou o motivo do atraso no pagamento das verbas para as obras, mas informou que está atuando junto à Secretaria Estadual de Fazenda no sentido de regularizar os repasses.
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