O novo secretário municipal de Saúde, Rafael Tavares, convocou coletiva de imprensa na manhã da última sexta-feira, 22, para apresentar os planos de curto, médio e longo prazos para a nova administração da pasta. Também estiveram presentes os demais membros da nova Comissão Gestora da Saúde, composta por Rodrigo Lima, procurador-geral do município; Juvenal Condack, secretário de Fazenda; Marcelo Schuenck, controlador-geral do município; e o secretário municipal de Infraestrutura e Logística, Túlio Carlos Machado de Souza, responsável por todas as compras e licitações da Prefeitura.
Rafael Tavares iniciou sua fala destacando a importância do trabalho realizado pela imprensa friburguense, que classificou como séria e isenta. “Conto com os profissionais da comunicação, tanto para mostrar os problemas da pasta, quanto para registrar os avanços que venham a ser obtidos”, afirmou. Em seguida o secretário agradeceu ao prefeito Rogério Cabral pela confiança, ao ex-secretário Dr. Luis Fernando Azevedo “pelo trabalho exercido e por tudo aquilo que ele fez e deixou. Sabemos que o processo às vezes é lento, devido a determinadas burocracias, mas os procedimentos licitatórios já estão encaminhados, alguns em fase de encerramento do processo”.
Rafael também aproveitou a ocasião para explicar detalhes das análises feitas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro a cada novo processo licitatório. “Atualmente nós temos uma interferência do TCE, que eu considero bastante salutar, uma vez que através da deliberação nº 262 ele faz uma análise prévia de todos os procedimentos de licitação. Em alguns casos ele pede a suspensão do processo sem prazo definido, para que sejam feitos os ajustes necessários. Todos esses ajustes são tratados como prioridade, e esse procedimento [de análise prévia] vem sendo adotado em relação a todos os municípios, não é algo restrito a Nova Friburgo”.
Planejamento
Durante a apresentação o secretário listou as prioridades da gestão a curto, médio e longo prazos. “No curto prazo, não há mágica, não há nenhuma receita nova. Nossa meta é abastecer com medicamentos, com material médico... É dar condições de trabalho aos profissionais que estão lá na ponta. A população sente diretamente quando essas condições são interrompidas, e nossa preocupação mais imediata é garantir as necessidades básicas de trabalho e funcionamento. Entre as prioridades mais urgentes também está a retomada das cirurgias no Hospital Raul Sertã. Já está em fase de conclusão a Central de Esterilização, e com ela nós poderemos daqui a pouco retomar de forma regular as cirurgias do CTU. A comissão gestora já se reuniu com o prefeito e já temos uma nova diretoria no hospital que já está trabalhando, levantando os casos essenciais e emergenciais. O que está sem funcionar, e quais são as ações necessárias para que volte a funcionar.”
Ao abordar as metas de médio prazo, o secretário citou aquela que provavelmente será a maior dificuldade de sua administração. “No médio prazo nós vamos ter que rever toda essa estrutura, dentro das necessidades hoje impostas por um fator externo, que é a redução de repasses nas esferas federal e estadual. É um problema externo que estoura nas mãos do município, uma vez que é a esfera municipal quem tem esse contato direto com o usuário. Esses cortes afetam toda a programação orçamentária, e nós temos pela frente o grande desafio de fazermos mais e melhor, dispondo de menos recursos. Teremos que adotar prioridades, rever algumas necessidades, aumentando a eficiência da administração para nos adaptarmos a esse cenário que independe de nossos esforços”. A esse respeito, o secretário Juvenal Condack acrescentou que discussões têm sido feitas com o intuito de dividir os custos do Hospital Raul Sertã com os municípios cujos moradores fazem tratamento por aqui. Juvenal afirmou ainda que o objetivo do governo é reduzir o percentual de comprometimento do orçamento com a saúde pública do atual patamar de 40% para algo entre 31 e 32%.
Quanto aos esforços de longo prazo, o Rafael Tavares relembrou a importância da atenção básica e dos tratamentos preventivos. “No longo prazo, se é que podemos fazer planos de longo prazo, nós precisamos rever toda a estrutura da Saúde, principalmente a atenção básica, já que nós temos que tratar do problema preventivamente, na fonte, para que as unidades de saúde não fiquem sobrecarregadas, como estão na atualidade”.
Por fim, o secretário confirmou o nome do Dr. Paulo Coelho como novo diretor geral do Raul Sertã; além do Dr. Bruno Furtado como diretor-médico; e o Dr. André Lima como novo diretor-administrativo.
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