Novo aumento dos combustíveis pesa—e muito—no bolso dos friburguenses

O reajuste da gasolina e do diesel para as distribuidoras foi anunciado pela Petrobras na noite do último dia 29 de setembro
quarta-feira, 07 de outubro de 2015
por Karine Knust
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)

No final do mês passado, os motoristas de todo o país foram surpreendidos com mais uma novidade nada positiva para o bolso do consumidor: o aumento nos preços dos combustíveis. O reajuste da gasolina e do diesel para as distribuidoras foi anunciado pela Petrobras na noite do último dia 29 de setembro. Um dia depois o valor já havia sido alterado na refinaria, o que provocou uma corrida de motoristas para tentar conseguir abastecer antes que essa mudança chegasse aos postos. O aumento para a gasolina foi de 6% e para o diesel, 4%.

Em Nova Friburgo, os motoristas já percebem desde a semana passada os efeitos do reajuste e, obviamente, sobram críticas diante das bombas. “O reajuste, de fato, pesa no bolso. Antes, eu abastecia R$ 20 de gasolina e conseguia rodar por dois ou três dias com tranquilidade. Hoje, faço o mesmo percurso com R$ 30 ou até R$ 40 de combustível. Considerando que abasteço duas ou três vezes por semana, há um comprometimento razoável da minha renda”, afirma o empresário Felipe Alves, de 24 anos.

Mas não é só a gasolina que está com preço elevado. Depois do reajuste feito pela Petrobras, o etanol sofreu um aumento que chega aos 7%. Ou seja, quem utiliza esse combustível também está enfrentando dificuldades: “O carro flex tem a facilidade de trabalhar com os dois combustíveis: o etanol e a gasolina. Mas o álcool também teve um aumento e, mesmo que seja menor, nem sempre compensa substituir a gasolina. No caso do meu carro, por exemplo, o motor não rende a mesma coisa. Está ficando complicado”, relata o engenheiro Jeferson Justino, de 28 anos.

Por outro lado, o contador Carlos Alberto Mattos, de 65 anos, afirma que a opção pelo etanol foi lucrativa e que vai continuar utilizando o combustível para driblar a crise: “Desde que comprei meu carro, em 2012, sempre optei por usar álcool pelo fato de ter o consumo igual ao da gasolina, por ser menos poluente e, principalmente, por ser mais barato. Pago cerca de R$ 2,40 no etanol enquanto a gasolina já está quase R$ 4 o litro”, comentou. Alguns frentistas afirmam que muitos clientes reduziram a quantidade de combustível na hora do abastecimento.  

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