Nova Suíça: urbanização ainda é o grande problema

Serviços básicos também foram criticados
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
por Amine Silvares
Nova Suíça: urbanização ainda é o grande problema
Nova Suíça: urbanização ainda é o grande problema

Nova Suíça continua crescendo e a urbanização do bairro continua sendo negligenciada. Cheio de problemas nas vias, muitas que não estão nem asfaltadas, os residentes sofrem com o calor intenso durante o verão e a poeira que toma conta das vias.

Com o aumento populacional, era de se esperar que o bairro estivesse recebendo mais cuidados do governo municipal, mas fica visível a qualquer um que Nova Suíça parece ter sido esquecida. As principais ruas do bairro estão asfaltadas, mas mesmo assim o serviço precisa ser refeito, pois há muitos buracos pelas vias. Já os logradouros periféricos, em sua grande maioria, não possuem nem calçamento. O chão de terra batida predomina, com muitos cascalhos de obras antigas. Os moradores reclamam que quando chove fica impossível transitar pelo bairro.

Como se não bastassem esses problemas que persistem ao longo dos anos, na Rua Adélia Wermelinger Duarte, o manilhamento em frente à casa de número 22 está comprometido. Existe um grande buraco que ocupa pelo menos metade da rua e entra em um dos terrenos particulares. De acordo com a moradora Dirce Novaes Cardoso, o problema existe há pelo menos nove anos. “Não estava assim quando nos mudamos, piorou bastante com as chuvas do ano passado. Mas quando chove, a terra desce para a minha casa e a minha filha precisa tirar com o carrinho de mão. A Defesa Civil e os Bombeiros já estiveram aqui há uns dois meses, mas nada foi resolvido”, lamentou. Ela contou ainda que até mesmo os lixeiros sofrem com o buraco, já que dada a sua dimensão, o caminhão de lixo não pode subir a rua. “Eles precisam buscar o lixo lá em cima porque o caminhão não pode passar”, finalizou.

 

Serviços básicos não  são suficientes

O tratamento de água e esgoto é um problema no bairro, especialmente para o comércio local. Próximo a um mercado, o esgoto segue a céu aberto. O dono do estabelecimento, José Otávio Guerra de Souza, reclama que o problema é bastante antigo e já chegou a sofrer retaliações por reclamar. “O esgoto é despejado no córrego e o cheiro fica bem forte. Isso já faz uns 12 ou 13 anos”, revelou.

Se o abastecimento de água e o fornecimento de energia elétrica não sofreram críticas, o mesmo não pode ser dito do serviço de transporte coletivo. O não cumprimento dos horários e itinerários deixa moradores esperando por horas nos pontos. “E não adianta reclamar porque eles não fazem nada. No dia seguinte é a mesma coisa. Se o ônibus atrasar um pouquinho, ele faz uma rota alternativa para poder chegar na rodoviária na hora”, denunciou um dos moradores.

O policiamento insuficiente também deixa os moradores apreensivos. O comerciante Everaldo de Paula Ramos, morador do bairro há cerca de 18 anos, contou que já teve seu estabelecimento assaltado três vezes e que nunca viu viaturas por ali. “Meu vizinho também reclamou que já foi roubado, mas não adiantou reclamar. A polícia não passa por aqui”, reclamou.

As crianças e jovens também não podem desfrutar de praças ou parquinhos no bairro, já que não há nenhuma infraestrutura voltada para o lazer. Mesmo com a quadra recém-inaugurada em uma escola local, os moradores reclamam que é preciso um espaço público alternativo para criar opções saudáveis e mais próximas às suas residências, sem que haja a necessidade de se deslocar ao centro da cidade.

Em relação às reclamações, a Prefeitura foi contatada, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade