Nova Friburgo volta a registrar aumento de demissões

Foram 142 contratos rescindidos apenas em maio, segundo o Caged do Ministério do Trabalho
terça-feira, 28 de junho de 2016
por Karine Knust
Nova Friburgo volta a registrar aumento de demissões

A súbita melhora nos índices de emprego em Nova Friburgo durou pouco. Após um mês de abril com dados positivos em relação ao mercado de trabalho, com admissões com carteira assinada superando os desligamentos, o número de demissões no município voltou a crescer.  

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego — que divide o mercado por setores e detalha as áreas que mais abriram e fecharam vagas no período — a cidade fechou o mês de maio com menos 142 postos de trabalho. 

Seguindo em direção oposta ao que foi registrado no mês de abril (208 admissões), em maio o setor indústria de transformação entrou no topo do ranking dos setores com maior número de demissões do mercado, com 83 postos de trabalho fechados em Nova Friburgo. A maioria deles se concentrou na indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (com menos 68 vagas) e na indústria metalúrgica (com menos 37 vagas). 

No comércio, o último mês também fechou com saldo negativo. Se em abril o município registrou 66 admissões a mais do que desligamentos, em maio este número voltou a cair, com menos 24 vagas no mercado. Em janeiro, Nova Friburgo registrou 44 empregos a menos. Em fevereiro foram contabilizadas 365 demissões e, em março, 28, somando 437 desligamentos em apenas três meses. 

Ainda assim, se comparados ao mesmo período do ano passado, os dados são favoráveis. Isso porque, em maio de 2015, o número de postos de trabalho fechados foi ainda maior. Na época, Nova Friburgo perdeu 191 oportunidades de emprego. 

Desemprego chega a mais de 11% no Brasil

O número de brasileiros desempregados já chega a 11,4 milhões de pessoas, uma taxa de 11,2% de desocupados nos três primeiros meses do ano, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. O resultado representa a maior taxa de desemprego apurada até então pelo Pnad desde que a pesquisa teve início em 2012. 

No mesmo período de 2015, o desemprego do trimestre encerrado em abril chegou a 8%. No trimestre anterior também daquele ano foi 9,5%. Ainda de acordo com o levantamento, no intervalo de um ano, 1.545 milhão de pessoas perderam seus empregos, queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em meio à onda de demissões provocada pela recessão da economia e a crise política, a intenção de consumo das famílias brasileiras teve mais uma queda em junho e chegou a um novo patamar mínimo histórico, de 68,7 pontos, em uma escala de 0 a 200. 

Os dados foram divulgados no último dia 16 de junho, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e apontam uma queda de 1,7% na comparação com maio, e de 25,1% em relação a junho do ano passado.

 

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TAGS: economia | Crise | desemprego | Emprego
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