No dia nacional do turismo, o que se há de comemorar?

A atratividade de Friburgo reside em sua cadeia de montanhas e abundância de mata nativa, que são capazes de abrigar os formatos turísticos que mais se destacam hoje
terça-feira, 01 de março de 2016
por Ana Blue

Turismo. Atividade em que o indivíduo se desloca para além do ambiente de familiaridade cotidiana. Lazer, em outras palavras. Conhecer outros gostos, povos, culturas, monumentos, paisagens. Aliás, conhecer e trocar conhecimentos também.

No setor terciário – que abrange o comércio e a prestação de serviços – o turismo figura entre as relações de negócios mais rentáveis e que mais crescem no Brasil hoje, principalmente os segmentos de ecoturismo e turismo de aventura. E, no mundo, é um dos meios lícitos que mais movimentam dinheiro, direta ou indiretamente, perdendo apenas para a indústria bélica – e para o narcotráfico, que não é lícito mas movimenta quantias estarrecedoras.

Pensando macro, como forma de ratificar a importância do setor turístico no Brasil, criou-se o Dia Nacional do Turismo – hoje, 2 de março. Uma medida que, espera-se, visa dotar o cidadão brasileiro do entendimento de que a prática econômica responsável do turismo garante geração de renda e empregos, além de promover a circulação de capital, pessoas e informações. Muitas trocas, muitas experiências e muito dinheiro envolvidos num esquema que prioriza a cultura e o bem-estar – ou seja, não tem como dar errado.

Mas pra dar certo é preciso saber direcionar, planejar e executar.

Uma cidade que não aproveita o seu potencial turístico para gerar renda e construir uma identificação na qual as pessoas se reconheçam é uma cidade pobre de visão empreendedora, social e econômica. Certa vez, num encontro de práticas turísticas ocorrido em um famoso hotel de Friburgo, a secretária de Turismo de uma cidade de Minas Gerais contou sua experiência: “Minha cidade não tem praias, nem montanhas, nem pontos turísticos relevantes. Como eu a vendi a possíveis turistas? Ei, minha cidade não tem praias, nem montanhas, nem pontos turísticos de fato relevantes. Por que vocês, homens de negócios, não realizam seus simpósios, encontros, seminários e demais ações profissionais aqui? Não haverá distrações para as equipes de trabalho”. O segredo é entender o potencial turístico que se tem e explorá-lo – e se não o tiver, criar um – no caso da secretária, a aposta foi no turismo corporativo.

Falemos de Friburgo

Já falamos do macro, falemos de Friburgo agora, a realidade local. O potencial da cidade é inegável. Se se promovesse hoje medidas para a instauração de equipamentos que permitissem uma visão ampla de como o turismo pode ser um bom negócio, talvez este seria o foco primeiro de todas as tentativas de empreendimento na cidade. Sua atratividade reside em sua cadeia de montanhas e abundância de mata nativa e fontes de água límpida, a priori, que são capazes de abrigar os formatos turísticos que mais se destacam hoje (natureza, aventura), mas essa capacidade de atração passa também por epítetos que Friburgo acumulou ao longo do tempo e de suas atividades comerciais: a Suíça brasileira, a cidade das flores, a capital da moda íntima, a capital da trova, a cidade-parque. O problema é que, na busca incessante pelo epíteto perfeito, seu cartão-postal principal – esse cenário natural lindo ao nosso redor – pode acabar não sendo plenamente aproveitado ou aproveitado apenas por grupos específicos, sem a cobertura devida dos poderes públicos. Ou, pior, renegado a entidade: todo mundo sabe que a montanha existe, mas não como é, onde é ou como se chega lá.

Vender Friburgo é preciso. E os esforços concentrados nessa prática valerão a pena desde que se aja segundo os pilares já citados: direcionamento, planejamento e execução. É preciso traçar estratégias reais. O elemento principal a gente já tem.

Como dizia o poeta, navegar é preciso. E subir a montanha também!

  • (Foto: Montagna Filmes)

    (Foto: Montagna Filmes)

  • (Foto: Montagna Filmes)

    (Foto: Montagna Filmes)

  • (Foto: Montagna Filmes)

    (Foto: Montagna Filmes)

  • (Foto: Montagna Filmes)

    (Foto: Montagna Filmes)

  • (Foto: Montagna Filmes)

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TAGS: Turismo | ecoturismo | Meio Ambiente
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