MTE encontra irregularidades nas pedreiras da RJ-150

Fiscais do MTE notificaram as empresas. Ação acontece após abertura de inquérito pelo MPT para apurar acidente que matou operário
terça-feira, 30 de junho de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Estima-se que centenas de trabalhadores atuem em empresas ilegais na região (Divulgação/MTE)
Estima-se que centenas de trabalhadores atuem em empresas ilegais na região (Divulgação/MTE)

Empregados sem registro na carteira de trabalho, ausência de controle dos horários praticados pelo trabalhador, falta de equipamento de proteção individual e falta de banheiros nos locais de trabalho foram algumas das irregularidades encontradas por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) durante uma fiscalização realizada na semana passada em pedreiras na RJ-150, no trecho entre os distritos de Amparo, em Nova Friburgo, e São José do Ribeirão, em Bom Jardim.

Os fiscais do MTE notificaram as empresas que exploram as pedreiras a apresentarem documentos relacionados aos trabalhadores até o início de julho deste ano. A operação também teve a finalidade de mapear as pedreiras existentes, fazendo o diagnóstico no setor para novas etapas da fiscalização, que poderão contar com a participação de outros órgãos. Estima-se que centenas de trabalhadores atuem em empresas ilegais na região.

A ação aconteceu depois que o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito no final de maio para apurar o acidente que vitimou o operário Robson dos Santos, de 32 anos, em uma pedreira localizada em Roncador, no distrito de São José do Ribeirão. No dia 20 de maio, o homem foi soterrado por pedras depois de uma explosão no local. O Corpo de Bombeiros e Polícia Militar foram acionados, mas o homem não resistiu ao grave acidente e faleceu ainda no local. Em setembro de 2014, outro funcionário que trabalhava na pedreira morreu também soterrado.

A Polícia Civil também abriu inquérito para investigar a morte de Robson. O delegado da 158ªDP, em Bom Jardim, já colheu depoimento de testemunhas e do dono da empresa que atua na pedreira. O laudo da perícia deve sair no início de julho.

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