Os moradores de Debossan, no distrito de Mury, têm se arriscado diariamente ao passar por uma ponte de madeira que liga a rodovia RJ-116, na altura do quilômetro 70, à Rua Gertrudes Stern, antiga linha férrea. Há anos convivendo com o problema, eles já não sabem mais a quem recorrer para que a ponte sobre o Rio Santo Antônio seja refeita.
Além da ausência de proteção lateral, a estrutura que já não tem mais algumas ripas, balança e está com grande parte da madeira apodrecida. “Moro aqui há mais de 16 anos e nunca vi essa ponte passar por qualquer reforma. Ela é muito perigosa para todos: crianças, adultos e, principalmente, para nós que somos idosos. Alguém precisa tomar alguma providência”, exclama a aposentada Larissa Borisouna Weinzette, de 69 anos, que já foi a Secretaria Municipal de Obras denunciar o problema. Segundo ela e outros moradores, a ponte foi construída pela prefeitura há mais de 15 anos.
Importante acesso da população à antiga linha férrea, a estrutura facilita a mobilidade dos moradores, especialmente dos alunos do Colégio Estadual Padre Madureira e da Escola Municipal João Vicente Valladares. “Eu fico com medo de passar; balança muito... Mas não tem jeito”, diz uma estudante, de 14 anos. “Isso aqui está uma porcaria. Corremos o risco de cairmos dentro do rio toda vez que passamos por aqui”, comenta outro aluno.
Obrigado a passar pela estrutura de madeira todos os dias, o morador Cláudio Sagioli, de 42 anos, fica surpreso por ainda não ter ocorrido nenhum acidente grave no local. “Não sei como alguém ainda não caiu aqui. A madeira está toda podre, tem várias ripas soltas e outras faltando. A noite, com pouca luminosidade, o perigo é ainda maior”, conta.
Maria do Carmo Vieira, de 36 anos, explica que “se não for pela ponte, tem que fazer uma maior caminhada para acessar a antiga linha férrea com retorno perto do restaurante Trilhas do Araçari ou pela Rua Hans Garlip. Segundo ela, ambas as alternativas são bem mais distantes e arriscadas, principalmente para as crianças devido ao intenso trânsito da rodovia.
Para o aposentado Freddy Ragy, de 68 anos, a situação é ainda pior. “Uso bengalas e é impossível passar com elas entre as tábuas e os vãos das madeiras que ainda estão presas”, reclamou.
A equipe de reportagem do jornal entrou em contato com a Subsecretaria de Comunicação Social da prefeitura para saber o que será feito para resolver a situação e quando, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada à nossa redação.
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