Médico e estudante de medicina são presos em hospital de Cordeiro

Estudante foi flagrado receitando medicamentos sem acompanhamento de médico
quarta-feira, 06 de julho de 2016
por Jornal A Voz da Serra
O médico e o estudante de medicina atendiam pacientes no hospital de Cordeiro (Reprodução Google Maps)
O médico e o estudante de medicina atendiam pacientes no hospital de Cordeiro (Reprodução Google Maps)

Um médico e um estudante de medicina foram presos em flagrante nesta terça-feira, 5, no Hospital Antônio Castro, em Cordeiro. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os dois vão responder por prática ilegal de medicina e falsidade ideológica. A identidade dos acusados não foi divulgada pelo órgão.

As investigações começaram depois que um servidor público denunciou ao MPRJ ter sido atendido no hospital por um estagiário de medicina sem a supervisão de um médico. Na ocasião o estagiário prescreveu medicamentos preenchendo um receituário em branco que já estava assinado e carimbado pelo profissional.

Os fatos se agravaram nesta terça-feira, 5, quando um assessor do Ministério Público foi atendido na mesma unidade por outro estudante de medicina, mais uma vez sem a supervisão de um profissional formado. Ao término da consulta, o estudante prescreveu medicamentos e falsificou a assinatura do médico que estava de plantão naquele dia.

Após tomar conhecimento desses novos fatos, os promotores de Justiça titulares da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e da Promotoria de Justiça de Cordeiro foram ao Hospital Antônio Castro, acompanhados do funcionário que havia sido atendido, e prenderam os dois acusados em flagrante. A operação foi realizada com o apoio de três policiais da 154ª DP, em Cordeiro.

Em nota, a Prefeitura de Cordeiro informou que apoia a apuração do MPRJ e ainda esclareceu que o hospital é uma instituição filantrópica e, como prestadora de serviços, recebe repasses do município de cerca de R$ 500 mil por mês. “A direção do Hospital Antônio Castro possui autonomia para tomar medidas administrativas, inclusive punitivas, através da Junta Interventora, cujo presidente é funcionário do hospital”, informou em nota.

O jornal A VOZ DA SERRA não conseguiu contato com a direção do hospital.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) também se manifestou e disse que abrirá sindicância para apurar o caso. “A sindicância é a fase de apuração e precede o processo ético profissional. Em caso de condenação, as punições vão desde advertência confidencial até a cassação do exercício da medicina”, diz o texto.

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